Eu trabalho: nesta postagem vou mostrar prá vocês o montão de coisas lindas que eu fiz com retalhos bem baratinhos, comprados por quilo.
Mas antes, deixa eu dizer: ainda não inventaram remédio melhor prá tristeza do que se manter ocupada - afinal, tristeza bate em todas as portas e, volta e meia, também bate insistentemente na minha...
Nada de excepcional, apenas parte da caminhada...
Bom, é meio assim: tem gente que usa drogas, tem gente que bebe, tem gente que compra uma coisa atrás da outra (como se a tristeza fosse desaparecer da vida deles se eles estivessem cheios de coisas novas e lindas o tempo todo, abarrotando todas as atenções e espaços...).
Mais barato do meu jeito - e mais prático também: além de eu não dar prejuízo prá ninguém, dou lucro.
Em março comprei retalhos no Varejão Chaves e fiz um montão de coisas boas - ainda não acabei com todos os retalhos, pois sou exagerada que só a preula com uma boa pechincha...
Os retalhos: na bancada, a preço reduzido perto do que custavam a metro, pois (logicamente) tinha algo errado com eles.
Buracos dos mais variados tamanhos...
Manchas de ferrugem...
Falha na estampa...
Alguns eram de malha fria, outros de algodão, outros viscose com poliamida - tinha prá todos os gostos mas, infelizmente, todos tinham lá seu probleminha...
Mas não se diz que prá tudo dá-se um jeito nesta vida? - (se até a tristeza tem jeito, que dirá meros defeitinhos como esses, não é mesmo?)...
Vestidos e mais vestidos (prá mim, que os adoro, não vivo sem eles...). Cada um deles custou-me em torno de 5 reais - alguns custaram menos:
Tá, não é nenhuma alta costura, não é nada que alguém diga: "Nossa!!!"", mas são gostosos, confortáveis, dá prá eu atender o carteiro e a mulher do Yakult sem passar vergonha...
Daí também deu prá fazer uma blusa de mangas compridas (prás meninas revezarem - malha deliciosa, vocês nem iam acreditar como é boa...);
Regatinha - daquele retalho rosa choque, cheio de furinhos - mas eu escapei de todos quando cortei a blusinha (por isso as costas estilo nadador...):
Uma blusinha na qual eu apliquei um retalhinho de renda na manga (renda que saiu de graça, comprada à peso na rua da Graça ano passado e, já que era levinha, o vendedor nem pesou...).
Daí fiz uma lilás prá mim, só porque sou invejosa... E essa tinha um furinho, bem na parte de baixo, que eu remendei e ninguém sabe que tem - só eu. E vocês...
Desse tecido rosa então eu fiz uma blusa prás meninas e um vestido prá mim - mas esqueci ele no sítio e esqueci de fotografar... Mas é o mesmo modelo dos outros. Se vocês repararem, o viés do acabamento do vestido preto foi feito com ele - não perco nada, nenhum retalhinho...
Essa então - que achado! Na Pernambucana vi uma quase igual - só mudava a cor, que era azul. Setenta reais a da loja, a minha custou 6...
É uma malha trabalhada, onde a parte escura é bem fininha, meio transparente, e as flores são parecidas com uma renda, ou um bordado. Eu uso com um top por baixo, senão acho meio indecente - mas fica linda, tenho um brinquinho com pedra da mesma cor, me sinto linda...
Meu amado acabamento em viés...
E com as sobras? Calcinhas e mais calcinhas - ou calçolas, como queira chamar - prá minha velhinha... Não se importou com as falhas na estampa, parece até intencional, pois ficaram super charmosas, vocês não acham? E o custo, então? feitas de sobras dos cortes, custo zero...
"E a tristeza, Dona Rosa? Ainda tá aí? - alguém pode me perguntar...
Tá. A danada parece que me ama, não vive sem mim, embora eu não aprecie nem um pouco sua companhia... Mas uma hora ela se vai, bater em outra porta, molhar outros olhos, fazer cinza o céu de outra pessoa. Enquanto isso não acontece, ela me faz companhia, correndo atrás de mim pela casa, tentando acompanhar meu passo - acho que, quando ela se for, vai embora bem cansada...
E prá animar vocês a combaterem suas tristezas com trabalho eu fiz um pequeno pap dos vestidos, que é prá ninguém ficar na vontade:
Oi Rosa, quantas maravilhas!
ResponderExcluirVocê tem toda razão, trabalhar com as mãos é uma excelente forma de aliviar a tristeza e a ansiedade, já tem até estudos científicos sobre isso, sabia?
Não deixe a tristeza grudar em você, com essa família linda, com esses talentos que Deus te deu, xô tristeza!
Bjs
Rosinha fofa, a tristeza a gente chuta, fazer essas coisas lindas e úteis
ResponderExcluirajuda bastante, suas manequins embelezam seu trabalho feito com amor,
beijo amiga e tudo de bom.
Es cierto que trabajar las manualidades es una forma muy bonita de tener la mente ocupada.Me encanta tu trabajos.
ResponderExcluirLos diseños son muy acertados y me encanta el escote en v principalmente.
Una maestra.
Un beso.
Rosa
ResponderExcluirLindos os teus vestidos, as camisetas. As malhas em tuas mãos passam por mágica!! Cadê os defeitos? Sumiram!!! Eita mulher danada de sabida!!
Gostei demais das camisetas com rendinhas nas mangas, tão delicado, feminino. Gosto muito desses detalhes sutis em roupas. Parabéns por tanto capricho. Isso tudo é dom de Deus em você :-D
Ôô Rosa, que coisa é essa de tristeza? hein?
Nada disso, mulher!! você é mais, teu espírito é forte, iluminado, capaz, forjado nas dificuldades. Você vence mais essa. Se for problema de saúde, reveja se não estás se "matando" pela limpeza da casa como tenho lido em seus posts anteriores. Você vai e a casa fica!! pense nisso, querida!! Não é deixar a casa desmazelada, mas é não permitir que o serviço de casa te maltrate e te prejudique a saúde. Serviço de casa não acaba, mas acaba com nossa coluna. Um pouco a cada dia no que for possível e a colaboração de todos em casa, nem que seja pendurar a toalha de banho no varal, por exemplo.
Se a tristeza for por causa de depressão, posso afirmar para você que passará pois tuas mãos são artesanais, não páram. Continue assim!! você supera isso, não tenho dúvidas.
Quando acabei de ler seu comentário no meu blog, fiquei pensando:
"- Por que ela escolhe ficar em casa sózinha quando todos saem?"
Onde já se viu ficar só em casa? vai junto!! curtir momentos com toda a família ou algum deles. Não importa para onde, se divirta por mais simples que seja, saia fora dos circuitos de lojas de tecidos e fios, vá ver coisas diferentes, vá num cinema com as filhotas, quem sabe combine um jantar com o marildo, só vocês dois. Vá passear no parque sob o sol de inverno, que tal? fazer algo diferente.
Rosa, vamos combinar uma coisa? quando sentir vontade de ir na Mega, me diz. Podemos combinar de nos encontrarmos afinal, de certo modo, estamos perto uma da outra. Chama o marido pois o meu faz companhia para ele. Se não quiserem ir, vamos nós!!
O meu marido gosta muito de artesanatos, era ele quem estava mais "doido" para ir na Mega do que eu. Não tenho nem que dizer que fiquei doida andando por lá, ficamos das 12:00h até as 18:00h sem perceber o tempo passar. Até esqueci de fotografar (que vergonha!!). Pode isso? vai ser assim distraída na tonga da milonga do cabuletê!! rsrsrsrs
Eu sofri a Sindrome do Ninho Vazio quando meu filho saiu de casa e um ano depois foi a minha filha. Deu tristeza sim! chorava e o sentimento era como de luto. Mas hoje, após quase 6 anos está superado completamente e sinto que cumpri a minha missão como "babá de Deus" que confiou a mim e ao maridão, dois filhos dEle para serem nossos filhos também.
Continuamos sendo pais mas de um modo diferente, mais desencanado, mais livre, sabe? eles estão encaminhados, fizemos o possível, estamos satisfeitos com os resultados e agora seguimos nossa jornada para outras experiências. E é assim a vida!!
Constantes mudanças, experiências e aprendizagens. Não podemos "nadar contra a maré" senão nos machucamos. Segue a vida e põe essa tristeza p/fora do seu coração. Não abafe, não esconda a sua luz interior. Esconda sim os defeitos das malhas. O resto a gente ajeita com Deus no coração.
Muita paz. Saúde p/vc.
Bjs
Ah Rosa, por que será que essa tal tristeza insiste em aparecer sem ser convidada? Às vezes também passa por aqui, e seu conselho de espantá-la com muito trabalho é o que faço, e na hora até que resolve...
ResponderExcluirEntão, os vestidos, as blusa e as calcinhas como sempre, tudo muito charmoso, um capricho só! Esse varejão chaves é mesmo uma perdição, tenho sacolas de tecidos esperando uma ideia nova , um tempinho de sobra. Já namorei esse tecido fininho com flores que lá eles chamam de "malha devoré", mas resisti, tenho muita coisa, além do que essa malha não é fácil de costurar, não é mesmo? Suas princesas são mesmo especiais, vestindo suas peças para mostrar prá gente. Muito amor!!
beijos para as três
Rosa, teu blog me dá alegrias. Deveria ficar intusiasmada como adolecente, pois tudo que transmite neste teu espaço nos envolve e nós coloca para trabalhar. Bons e maus momentos fazem parte da vida. Chore quando precisar, grite se puder, mas nunca deixe de levantar e fazer brilhar vossa luz. Grande beijo.
ResponderExcluirRosa realmente a gente ocupada nem tem tempo para o stress!!!
ResponderExcluirSou filha de alfaiate e tenho amigas costureiras e reconheço que são profissões excelentes para se fazer muito ebem...com pouco!
A Rosa está de parabéns!!! Bj amigo
oi Rosinha! Ah essa tristeza também visita esta casa também , mas eu espanto ela com muito pensamento positivo e pensando na família maravilhosa que tenho. O trabalho ajuda muito , a não pensarmos na tristeza e nos problemas! Eu sem minhas costuras, crochê, e tricô também fico como barata tonta, e isso eu não quero! Então vamos colocar nossas mãozinhas a trabalhar e deixar nascer através delas a alegria de nossa família!
ResponderExcluirbjs amiga
Nina
Olá Rosa
ResponderExcluirOcupar o tempo é ótimo. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã. Salmo 30:5. Parabéns pelo grande talento, costurar é uma arte. Bjs querida.
Querida Rosa,fiquei preocupada com a sua tristeza...acredite!
ResponderExcluirE diante da sua história,dos filhos lindos que você tem e do marido amoroso,a tristeza não tem lugar no seu coração!
Alegria querida!Pois a tristeza não serve prá nada!
Paz e Bem!
Beijo...Cristina Peres.