sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A Maldade de perto...


Eu comentei com vocês que minhas últimas férias foram especialmente maravilhosas por conta da companhia da neta dos caseiros do sítio: Débora, uma garota de apenas 11 anos, cheia de vontade de aprender tudo...


Já na primeira tarde do dia que eu cheguei ela apareceu, junto com a avó, dona Margarida, prá ajudar com o serviço. Veio me beijar toda animada, como se fôssemos as melhores amigas do mundo - ela, uma menina cheia de sonhos; eu, uma marinheira velha que já dobrou o Cabo das Tormentas um montão de vezes...

Grande parte dessa amizade se funda no fato dela estar louca prá aprender artesanato: ninguém na família dela (além de uma tia-avó distante e de má vontade) sabe sequer pegar numa agulha.

Parte disso eu também acho que se deve a eu tratá-la como gente - converso, dou atenção... Acho inacreditável tratar criança como passageiro de segunda classe, não escutar o que fala, responder pergunta pela metade - ou nem responder, porque acha que a criança não vai entender. Eu ainda me lembro de como era ser criança e como eu detestava ser tratada como se não fosse capaz de entender alguma coisa...

Ela é incrivelmente esperta: da vez passada aprendeu a fazer os pontos básicos do crochê e também a mexer no tear de pregos (se você ainda não estava por aqui, na janela, espia AQUI a luvinha que fiz prá ela...). No tricô - que eu achei que ia ser mais difícil de ensinar, por serem duas agulhas - ela se saiu melhor ainda. Aprendeu os pontos básicos, me viu fazendo um casaco com trança e quis aprender também o ponto. Me lembro que já era adulta quando aprendi isso - mas ela pegou super fácil. E - por curiosidade própria - me perguntou como se fazia quando acabava de fazer tricô, prá tirar a peça da agulha e não perder os pontos: eu simulei um arremate de pontos no meu tricô, disse prá ela que, quando ela estivesse prá acabar o dela eu ensinava melhor e ela me apareceu, no dia seguinte, com a peça arrematada - SOZINHA.

Milhões de perguntas - acho que nunca fui tão questionada na minha vida. Como criei meus filhos sempre conversando, contando histórias, acho que eles já achavam nessas conversas e histórias suas próprias respostas, então quase não me perguntavam nada - mas ela perguntava tudo:

"Dona Rosa, é verdade que quando um casal briga muito é porque tem coruja perto da casa deles? Minha mãe disse que é por isso que ela e meu pai estão sempre brigando..."

"Dona Rosa, como é que a gente sabe quando vai ficar mocinha? A gente sente dor em nossas 'partes femininas'?"

"Como é que a gente faz prá um menino que a gente gosta parar de chamar a gente de gorda e de feia e gostar da gente?"

"Como é que a gente faz prá uma menina parar de pegar no nosso pé?"

A maioria das vezes eu não sabia como responder, então contava uma história... "O Meu Primeiro Absorvente"; "Meu Primeiro Amor", "Quando Eu Costurei a Calça da Minha Inimiga Que Tava Rasgada" e por aí foi (como eu tô velha - tenho taaaanta história dentro da cabeça!!!)... Ela ouvia com a boquinha meio aberta, prestando atenção como se eu estivesse falando algo muito importante - e eram só as minhas bobagens! Quando ela me disse que adorava minhas histórias, contei prá ela a do Príncipe e os Três Pratos de Arroz, mas ela disse que, apesar de ser bonita, preferia as da minha vida, que eram "muito mais legais".

"Dona Rosa, a senhora é muito engraçada... Chama seu marido de cada coisa! "Sua Majestade", "Capitão"; "Excelência", "Colega de Quarto"...

"Por que seu filho chama a senhora de Velhamon?"; 

"Como é que a senhora muda as letras das músicas e elas ficam engraçadas?"

Um dia, conversa vai, conversa vem, ela me perguntou qual meu doce favorito. Parei prá pensar: eu tinha chocolate no armário, tinha pipoca doce, doce de leite... Respondi: paçoca (porque tinha comprado um pote daquelas paçocas-rolha e esquecido em cima da mesa da cozinha, em São Paulo, no dia da viagem - e ainda tava remoendo isso...). De repente ela saiu e voltou com um monte de paçocas, usando a barra da blusa como sacola - prá gente fazer uma festa de paçoca, só nós duas (tinha pegado dos doces da avó...).

Imitava o jeito de eu pegar na agulha... O modo como eu prendo o cabelo... 

Meu filho riu muito de mim: "É, mamãe... Não é fácil quando tem alguém fascinado pela gente - é uma tremenda responsabilidade, não é, velhinha?"

Eu falei: "Ela não tá fascinada! Só gosta de aprender tricô!"

"Mãe, você não reparou? Ela tá copiando até as expressões que você usa quando fala!"

E era verdade...

Eu perguntei prá caseira:"Dona Margarida, a Débora não sente falta de outras crianças? Tadinha, tá de férias - devia estar se divertindo, brincando..."

E ela me respondeu que a neta já tinha brincado bastante com as crianças dos sítios vizinhos até eu chegar, mas que agora preferia ficar comigo...

Conversei com ela: "Será que a tua avó não fica enciumada? Quer dizer, você tá de férias aqui prá  passar tempo com ela e com teu avô e fica mais comigo do que com eles... Eles não ficam tristes?"

"A minha avó diz que gosta de ficar sozinha, que eu falo tanto que ela nem consegue escutar os próprios pensamentos...".

Aí está.

Acabou me contando que não mora com o pai, a mãe e o irmãozinho: mora com os avós maternos (que o avô bebe muito e a avó não para em casa, porque trabalha fazendo faxina na casa dos outros...) e que, tirando a escola (onde não tem quase nenhum amigo), fica o tempo todo sozinha - por isso essa necessidade de se abrir, de contar suas coisas, de fazer tantas perguntas...

E uma das coisas que ela me contou - e que me assustou tremendamente - foi que teve um tio que tentou abusar dela!

Alguns dias antes de eu chegar ela estava sozinha na casa dos avós - que tinham dado uma saída - quando chegou esse tio, do nada, perguntando por eles. Quando ela respondeu que tinham saído, ele perguntou se ela não ia pedir a bênção dele e, quando ela se aproximou prá lhe beijar a mão, ele a agarrou e começou a passar a mão no corpo dela! 

Ela se desvencilhou dele, saiu correndo, começou a gritar!!! 

Gente! Ali é o fim do mundo - isolado, longe de tudo e de todos! Foi milagre não ter acontecido nada!!!

Uma prima lhe contou que havia acontecido a mesma coisa com ela (disse que esse tio tinha oferecido 1000 reais prá ela ir com ele pro meio do mato "namorar")... 

A única outra pessoa da família prá quem ela contou foi para a própria esposa desse tio (que é irmã do meu caseiro, que é avô dela...), que a chamou de "vagabundazinha mentirosa"... 

Ela me disse que a tal tia a proibiu de contar pros avós, pro pai e prá mãe, senão podia acontecer uma desgraça...

O que eu queria fazer? Bater com um caibro na cabeça desse safado e largar ele naquele barranco que tem no fundo do sítio, repleto de árvores antigas de mata nativa: deixar os urubus e os corvos limparem essa sujeira do mundo. Ah, e descascar essa mulher desclassificada, igual se fosse uma mexerica...

O que eu fiz? Contei prá ela das duas vezes que escapei de crápulas como esses e nenhum mal me aconteceu, graças a confiar em meus pais. Que desgraça mesmo seria acontecer algo com ela - seus pais iriam se culpar pelo resto da vida! 

E contei pro "Marildo", prá ele contar pro caseiro - e, daqui prá frente, aquele traste (que foi quem refez a cerca da nossa horta) tava proibido de pisar no nosso pedacinho de terra.

Ah, e também contei prá duas vizinhas - esse é o tipo de fofoca que eu apoio...

O que mais me chocou foi a esposa do tal tio - vocês acham que ela não sabe o "espírito de porco" com quem divide a cama? Mulher assim merecia muito soco na cara. De mim. Se eu nunca mais conseguisse fazer tricô por causa disso, que seja. 

E pensar que eu conheço essa velha, tão simpática!!! Esse velho - cabeça toda branca, a cara mais enrugada que maracujá de gaveta!!!

Por isso eu digo: a gente tem que ficar sempre de olho, sempre prestando atenção no mundo à nossa volta, especialmente nas crianças - porque elas não tem defesa, precisam da gente. Imaginem o tanto delas que não tem prá quem contar seus medos, suas tristezas, suas dúvidas e histórias...

"Quem tem olhos prá ver, veja; quem tem ouvidos prá ouvir, ouça". Acho que, quando Jesus disse essas palavras, sabia que podiam ser aplicadas a uma porção de situações...

Não vejo a hora de chegarem as próximas férias - tô com saudades da minha amiga, que acha que eu tenho todas as respostas e que faz com que eu nem sinta tanto o peso dos anos que já carrego nas costas...

(Ah, meu filho me chama de "Velhamon" porque, quando ele era pequenininho e assistia o desenho Pokemon, ele dizia que o melhor pokemon de todos seria eu - fácil ganhar qualquer batalha comigo do lado, porque eu sempre dou jeito em tudo... Pena que não dava prá me levar na mochila, dentro de uma bolinha, dizia ele...

Quem dera isso fosse verdade...).


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33 comentários:

  1. nossa quando vejo esses tipos de relatos fico revoltada,o pior que neste pais não tem leis rigorosas pra colocar esse canalhas na cadeia, e com a família acobertando então só deus mesmo, ainda bem que a menina e bem esperta, se fosse comigo quando visse este sem vergonha de novo passaria a mão ma primeira faca que visse e enfiaria barriga dele ( deus que me perdoe mas faria isso)bjs bom final de semana.

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    1. Eu também sinto essa revolta, Elisabete querida... A gente chega a passar mal, não é mesmo? Que Deus nos ajude.

      Beijos e bom final de semana.

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  2. Rosinha, minha flor, hoje fui ver meu blog na quase certeza de que tinha recadinho seu. E tinha. E vc meio que me descreveu certinho, mesmo estando tão longe e mesmo eu nem sabendo como é seu rosto. Te guardo no coração, minha rosa. Pois és para mim como a rosa do pequeno príncipe, única no mundo. Eu também, como a Débora, prefiro suas histórias que calam fundo em minha alma.
    Que Deus proteja essa menina, porque parece ter uma jóia rara no peito. Tenho visto tantas meninas de 11 anos sem nada na cabeça. Mas ela tem você, a velhamon que vai batalhar por ela na arena desta vida.
    Ah, Rosinha, pela primeira vez, estou pegando nas agulhas de tricô e fazendo um cachecol de lã bolinha. Já comecei e desmanchei um monte de vezes. Vou ver se posto pra vc ver. Tá vendo sua influência, mulher? Um grande bj e continue espalhando suas sementinhas para fazer brotar muitas rosinhas por aí...

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    1. Obrigada, Cacau, você é que é muito bondosa por ver essas qualidades em mim.

      Beijos, minha querida, e um lindo final de semana prá você.

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  3. Que amiguinha você conquistou! Mas fiquei triste com o que aconteceu com ela , e de como ainda existem pessoas que são assim, sem caráter e sem dignidade! Mas uma criança tão carente de uma conversa , de atenção, quando acha uma pessoa que pode ser a imagem que admira no espelho da vida, nossa ela fica encantada! Parabéns por ser essa pessoa boa! bjs e um lindo dia! Nina

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    1. Obrigada, Nina, mas eu não sou boa: só de pensar no que sinto vontade de fazer com esse canalha, percebo que não sou nada boa...

      Beijos e bom final de semana.

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  4. Rosa, essa pessoa precisa ser denunciada na polícia! Mas você fez a sua parte, orientando a menina a ficar longe.
    Beijos

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    1. Iria ser a minha palavra contra a de um senhor de idade, cabecinha branca, sorriso humilde - acredita que nem sapato ele usa nos pés? É o retrato do caipira de boa índole, ele e a esposa são muito bem quistos... Me dá muita tristeza.Espero que nada de mal aconteça a nenhuma outra criança, que Deus dê um jeito nesse crápula o quanto antes.

      Beijos e um lindo final de semana, minha querida.

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  5. Rosa,
    li tudo,...e estou emocionada, com tudo.
    Essa criança te ama muito e você está retribuindo com muita atenção...
    Enquanto essa menina viver ( espero que seja por muito tempo e com muita felicidade) você jamais será esquecida...Jamais!!!!
    beijos

    de MF

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    1. Muito obrigada, querida Filomena, por você ter se emocionado tanto com esta história. Fico muito feli por poder compartilhá-la.

      Beijos e um lindo final de semana prá você.

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  6. Rosa, estou emocionadíssima, chorando mesmo.
    Fui abusada na infância por um longo período,por um amigo dos meus pais. Mas só tive coragem de contar pra eles depois de casada, com o incentivo do meu marido. Imagina o sofrimento deles quando souberam. Minha mãe até adoeceu.
    Eu atribuo a esse trauma, os medos que eu tenho hoje, o fato de ser muito insegura e as crises de pânico e de depressão que me rondam há vários anos.

    A tua relação com essa menina é coisa de Deus!
    Como eu gostaria de te conhecer um dia...

    Chorei mais ainda no final, quando soube o porquê do teu filho te chamar de velhamon. Que menino sortudo.

    Quero que saias que tu és fonte de inspiração pra mim.

    Tenha um lindo fim de semana, minha amiga.

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    1. Boa tarde, Lia querida;

      Fiquei muito triste de ler o teu comentário, por imaginar o sofrimento pelo qual você passou - e também pela dor que tua mãezinha deve ter sentido ao saber. Me perdoe perder a compostura mas espero que esse falso amigo da tua família, que te causou tanta dor, esteja apodrecendo em vida, enquanto aguarda o que o espera no meio do inferno. Eu bem que tento ser cristã nesses momentos, encontrar um perdão perdido em algum recanto da minha alma, mas quem abusa de criança - prá mim - está no mais baixo degrau da escala evolutiva da alma humana.

      Nem sei se eu posso oferecer algum consolo, alguma palavra amiga - que aqueles que te amam já não tenham te oferecido... - mas, na minha humilde opinião, a gente não deve se deixar guiar, nessa viagem à qual chamamos "vida", pelas paisagens ruins que, às vezes, passam pela nossa janela. Se - no caminho - tiver um pântano, uma região desolada ou um depósito de lixo e se, enquanto estamos seguindo nossa viagem, alguns respingos dessa matéria podre nos acertam ou algumas farpas nos ferem, devemos seguir adiante: a gente se limpa, se cura e segue andando - mesmo ferida, mesmo mancando, porque é a viagem que importa. O que nos faz pessoas melhores não é nascer pronta e acabada como uma boa pessoa: é o fato de sobreviver e seguir adiante sem carregar fardos desnecessários como o ódio e retomar o caminho corajosamente depois de cada tombo.

      Não é fácil viver neste mundo... Se a gente tem um coração que funciona como deve ser, tem os olhos abertos prá enxergar tudo o que acontece à nossa volta e tem uma consciência acordada para as noções de justiça e bondade, sempre vai ter uma ou mais pedras nos nossos sapatos enquanto a gente segue na estrada. Aliás, os sofrimentos que nos acometem são sempre os melhores de se sofrer - tenho certeza que você prefere que aquilo que te aconteceu tenha acontecido com você, e não com uma irmã, ou sua mãe ou (pior ainda) com uma filha ou filho, não é mesmo? A gente se faz forte, cresce e supera, com a graça de Deus.

      Esse é um dos guardados da tua alma, que faz de você quem você é - mesmo que seja um guardado tão triste, que você preferia esquecer, preferia não ter. Esse guardado te faz uma pessoa mais sofrida - com certeza - mas também te dá mais empatia com o sofrimento das outras pessoas e te torna um ser humano melhor.

      Com os sofrimentos da alma a gente cresce. O que quer que aconteça com o corpo, se a gente sobrevive e cedo ou tarde passa (como tudo passa - o bom e o ruim...) e, um dia, essa matéria se torna pó e nossa alma, evoluída, se aproxima mais e mais de Deus...

      Procura não ficar triste - a tristeza, se não nos leva a ajudar o semelhante, é perda de tempo, porque ela, por si só, não melhora nosso futuro e nem conserta o passado.

      Segue em frente e confia, que tudo vai dar certo.

      Beijos.

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  7. Oi Rosa, chorei, chorei ao ler seu post.
    Pela pessoa maravilhosa que você é, pela diferença que você será no futuro dessa menina, e por saber que ela e tantas outras crianças ainda passam por isso.
    Essa menina é incomum, é especial, tudo o que você passar a ela jamais será esquecido.
    Quanto ao seu conceito de bondade, isso é muito relativo.
    Se essa criatura, e principalmente a mulher dele, estivessem na minha frente eu não sei o que faria.
    Ser bom não é tolerar o mal, é combatê-lo com todos os recursos que tiver.
    Quantas crianças sofrem porque pessoas "boas" não fazem nada?
    Bjs querida

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    1. Sabe, Doutora, uma vez eu escutei uma frase assim num seriado: "Para que o Mal vença, só é preciso que os bons não façam nada". É bem assim mesmo, não é? Acho que por isso nosso Código Penal prevê como crime a omissão de socorro...

      Espero ter sido correta, efetiva...

      Beijos e um lindo final de semana.

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  8. Deus meu, que situação a sua... e acredito que tomou a melhor decisão. Tomara que ela conte prá mais pessoas, agora que você a encorajou.
    beijos e um lindo fim de semana

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    1. Obrigada, Luci querida, um lindo começo de semana prá você.

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  9. Você sempre a me emocionar.
    Admiro-te cada vez mais.
    Que DEUS abençoe sempre.
    Lindo fim de semana para todos aí.
    Beijo.

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    1. Obrigada, Rosangela querida, que você tenha uma linda e abençoada semana também. Beijos!

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  10. Rosinha, essa menina deu com a pessoa certa, ela deve ser
    muito fofa e esperta« pelas perguntas» mas foi tratada como
    pessoa de primeira, assim deve ser, você Rosinha é super
    bom fim de semana beijocas

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    1. Obrigada, Mira querida. Uma linda semana prá você também.

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  11. Dez dias sem passar por aqui e fico perdida entre lágrimas e risos. Vou lendo e minha cabeça vai conversando com você e quando chego ao ponto em que parei da última vez que por aqui passei...daria um livro.
    O seu olhar sobre tudo que está a sua volta é surpreendente. Um nascimento no sítio, mil detalhes na feira, sua aprendiz de “feiticeira”, tão jovem e em risco... situação complicada. Que Deus a proteja e que ela continue livre do pior.
    Bjs

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    1. "Aprendiz de feiticeira" - adorei. Obrigada, Mara querida, por tanta bondade comigo...

      Beijos!

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  12. Revoltante!!! revoltante!! e sinto nojo de "gente" assim..
    Poderia dizer tantas coisas sobre essa avó e tio, mas na revolta, não dá!!

    A criança é que interessa, merece consideração e nossos melhores pensamentos.
    Você faz bem a essa menina e por ela ser esperta vai conseguir se livrar de pessoas que lhe fazem mal, continue aconselhando-a quando possível.

    Sobre a menina ter facilidade com o tricô só encontro uma explicação ao qual acredito embora há quem ache besteira: como o o espírito dela já viveu outra(s) vida(s), ela já sabe, de certa maneira, tricotar e muito mais. É um dom conquistado por ela e que você a está ajudando a se "lembrar".

    Bjs

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    1. Você está absolutamente certa, Fatinha, esse tipo de predador é de dar nojo mesmo... E pode ser que você esteja certa também quanto à facilidade dela em aprender tricô - Deus é quem sabe...

      Beijos e obrigada!

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  13. Rosa, essa sua atitude de espalhar o ocorrido pela vizinhança foi muito inteligente,tenho certeza que logo, esse canalha vai ser desmascarado, ainda bem que essa menininha a encontrou na vida, pois poderia ter acontecido algo bem pior como um estupro, por exemplo,vamos orar a Deus por ela.... Abraços...Elaine.

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    1. Obrigada, Elaine querida. É como você disse mesmo: ainda bem que não aconteceu nada pior...

      Beijos.

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  14. Oi Rosa! Que bom que essa menina tem uma amiga como você, fico muito feliz! Que raiva que dá de gente assim, e o pior é que junto dele tem uma pessoa igual ou pior, a mulher dele. Você fez muito bem em contar para as vizinhas. Que Deus proteja, guarde e dê a essa menina um lindo futuro.
    Amei conhecer teu blog.
    Bjos, Lú.

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    1. a mulher dele é uma pilantra ainda pior mesmo, concordo com você.
      Obrigada por ter aparecido.

      Beijos

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  15. Oi, Rosa.

    Estou aqui, num mixto de raiva e de tristeza: raiva desse monstro miserável, e triste pela menina, acho que esse tipo de crime merecia um castigo daqueles , do tipo castrar, amputar as mãos, cegar, e amarrar num formigueiro de formiga Saúva, mas não antes de lambuzar o desgraçado em mel.A mulher dele sabe sim das safadezas dele, tanto sabe, que instruiu a criança a não contar nada para ninguem, ela é pior que ele, pois acoberta esse crime hediondo. Estava aqui pensando com meus botões, o quanto seria bom se essa menina pudesse morar com você, ela teria amor, carinho, respeito, instrução, e aprenderia tudo de artesanato que você pudesse ensinar,garanto que esse pensamento também passou pela sua cabeça, não passou? Que Deus olhe por essa menina, proteja e guarde de todo mal, de hoje em diante rezarei por ela,e tenho certeza que ela será muito feliz .
    Um grande beijo
    Wandinha

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    1. Você definiu bem: é mesmo uma mistura de raiva com tristeza - e também impotência, eu acho... E - como ela - quantas não tem por aí, não é mesmo? Sem ter com quem desabafar, sem ter quem as proteja...

      Que Deus ajude todas elas.

      Beijos e obrigada.

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    2. Infelizmente existem muitas meninas nessa situação, mas felizmente existem também pessoas como você que conseguem acender a chama da esperança num coraçãozinho tão jovem, mas já tão sofrido. Que Deus continue protegendo essa meninas, e te abençoando, assim como sua família. Desculpe a demora em aparecer, adoro xeretar na sua janela,e sempre que posso me delicio com tudo que tem nela, e suas histórias são para mim como um bálsamo,e quando venho aqui me sinto em casa, mas não em uma casa qualquer, mas na casa da minha amiga querida, a mais linda e gentil das rosas. Beijos, e até breve!

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    3. Ah, que linda, Wandinha! Saiba que você deixou meu coração apertadinho com o teu comentário, tão carinhoso...

      Beijos, minha querida, e fica com Deus.

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  16. Tava zapeando no computador e achei seu blog. Um achado! Palavras doces, ternas e simples, como uma conversa com a avó sentados na varanda num finalzinho de tarde. Parabéns!

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