terça-feira, 5 de março de 2013

Marmiteiroooos!!!

Meus filhos. Não abrem mão da gororoba da velha... 

Uma porque dois são ovo-lacto-vegetarianos (a Nana e o Ike) e a outra come um peixinho de vez em quando, como o pai e a mãe (minha Lola). 


Não comemos nem carne de vaca, nem de porco, nem de frango, nada disso e - quer saber? - acho que realmente deve influenciar no temperamento. 

Nunca provaram o gosto de carne, meus bebês - e nunca me deram nenhum trabalho! 

Quando iam comigo ao meu emprego, eram pequenos e se comportavam sem que eu lhes mandasse fazer isso: sempre educados, "por favor", "obrigado", "com licença", quietos na mesa em que eu os colocava, desenhando, fazendo lição de casa. 

Hoje, já adultos, são motivo de orgulho infinito: dois formados em excelentes faculdades públicas - Artes Visuais e Engenharia Mecatrônica - e outra no segundo ano de Medicina. 

"São meus filhos que tomam conta de mim", como diz a música - cuidam prá que eu tome meus remédios, prá que eu não acumule mais colesterol do que o meu corpo consegue lidar... 

E eu continuo cuidando deles - às vezes cheia de dores, querendo me trancar num quarto, me cobrir com um edredom e esquecer que o mundo existe - mas aí respiro fundo, mentalizo os rostos que eu amo mais do que tudo no mundo à exceção de Deus e busco aquela força que eu nem sabia que tinha... 

Amar é bom, não é? Faz a gente mais forte, nos dá super poderes! 

Com um dos meus super poderes fiz esta bolsinha térmica prá minha Nana levar a marmita: Por fora, brim verde e tricoline prá decorar, por dentro uma sobra de manta metalizada de mesa de passar roupa, com recheio de plumante. 

A medida foi a tampa da marmita de vidro, com quase 2 cm de sobra em toda a volta. Fiz o contorno com o tecido decorado e fiz altinha, prá caber também outras coisas: suco, sobremesa... 

Primeiro, costurar com zig, no fundo e na lateral da bolsa, a manta acrílica.

Fecha: fica um "saco". Fiz outro igual para o forro. Daí enfia um dentro do outro, dobra ambas as barras prá dentro e costura (usei um ponto decorativo, mas podia ser ponto reto. Fiz tiras nas laterais prá passar as alças e estas fiz com cordão grosso, comprado pronto - e preto, que é prá não mostrar sujeira. 

Sabe o que mais? Impermeabilizei a bolsa com goma laca: 3 demãos com pincel macio. Ficaram mais vivas as cores dos tecidos e - o melhor - não vão "pegar" sujeira tão fácil. Assim permanece nova por mais tempo.

E aqui está ela: marmitinha dentro, com comidinha de mãe, um garfo e uma faca embrulhadinhos num guardanapo...

Mais uma lata de suco (esse é de uva verde, cheio de uvas sem pele e sem caroço junto - você bebe e come ao mesmo tempo...  Um potinho com biscoitos, prá fominha fora de hora...

Ela amarra a bolsinha e leva na mão (dentro dela vão os bilhetes de estudante, que ela cruza 2 municípios prá estudar, mais o celular, prá atender mais fácil em caso de chamadas...) enquanto carrega nas costas uma mochila pesada, cheia de livros... E na hora do almoço, mesmo tão longe, mata saudades de casa, comendo a comidinha que adora, feita com todo amor do mundo!

O casaco de crochê bonito que ela tá usando? É muito fácil de fazer e tem receita minha grátis, bem AQUI.
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11 comentários:

  1. Gostei muito, Rosa!! Vou fazer uma pro 'marildo', como você diz. Ele também prefere a comidinha feita em casa.
    Parabéns de novo pelos filhos maravilhosos! Muito amor dá nisso aí!!
    beijos

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    1. Obrigada, Luci! Faz mesmo uma pro seu "marildo", que é prá ele mostrar pro mundo que é um homem bem cuidado e muito amado! Beijão!

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  2. Olá ROSA, gostei da marmita, ficou linda, mas gostei muito
    mais do AMOR E TERNURA, com que falou de seus filhos,
    que bom ter uma MÃE como você ...bjs

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  3. A marmiteira ficou linda, o carinho que vc dá e é retribuida me emociona. p/mim. Que gostoso ser mãe cujos filhos são tão amorosos, que gostoso ter você como mãe.

    Tenho filha independente, maior de 21. Permita ser sincera, desculpe se te chatear, é um desabafo meu pois estou triste mas passa com o tempo. O que não posso resolver, já entreguei a Deus.

    Quando leio o que vc escreve sobre filhos, fico pensativa e me dá a impressão de que sua família é perfeita, sem problema de inter-relacionamento esposa-marido-filhos, que se importam uns c/os outros, são felizes td os dias e se momentos infelizes aparecem, se ajudam, se apoiam. É lindo e me faz meditar nesses relacionamentos familiares que existem no mundo mas que não vivencio.

    Estou triste a algum tempo, acho que eduquei minha filha com amor, mas falhei em algo porque agora q é criada, foi embora para a vida dela a um pouco mais de 2 anos e me sinto só com o marido que é bom mas mal conversa comigo, desconfio que não me ama embora ele desminta.

    Sempre me senti carente, desde criança, não tive pais amorosos, tenho dificuldade em fazer amigos.

    Quando minha filha vem p/casa é final de semana, ela chega, vai direto p/o quarto, fecha a porta e fica lá o tempo todo, no msn com o namorado que mora em outra cidade, estudando, vendo filmes no note. Se eu ou o pai entra no quarto, reclama, faz cara feia,.não dá chance para conversar. Se chamamos p/ficar conosco na sala, ela não vem. Se ela está na sala e um de nós senta no sofá, ela sai e vai p/o quarto (!!!??!!!). Começou na adolescencia e perdura até hoje.

    Se eu fizesse a linda marmiteira, ela desprezaria. Uma vez fiz casaqueto em crochê p/ela e qdo ficou pronto ela agradeceu e disse que não gostava de crochê. Me devolveu a roupa. Disfarcei a decepção e a vergonha que senti.

    Leio no seu blog sobre filhos, fico pensativa, me perguntando onde erramos? onde errei? se é verdade ou mentira o que vc escreve. Me desculpe pela dúvida.
    Mas eu fico assim com qq blog que fale sobre filhos que passaram da adolescencia.

    Embora são sejamos ricos pudemos dar bom estudo particular p/ela, além de universidade, emprestar carro qdo necessário (agora não é mais), buscar no metrô, no shopping quando era tarde da noite, além de amor, carinho, brincadeiras. Enquanto criança era uma coisa, quando adolescente mudou.
    Não percebemos as mudanças. Ela nunca usou drogas, é natureba, caseira, não gosta de balada, aprecia demais os poucos amigos que tem, é responsável no trabalho, está sempre estudando, se aperfeiçoando, fazendo mestrado. É pessoa exemplar para a sociedade mas com os pais é aversiva!!

    Ela está com quase 24 anos, mora longe, só vem nos fds p/lavar a roupa dela. Já trocou comemorar meu aniversário p/estar com amigas, idem para páscoa, Natal. Isso dói mas disfarço. Se falo, ela bronqueia, se preocupa mais em agradar amigas(os) do que os pais.

    Rosa, me desculpe o desabafo e te agradeço por ler até o fim.
    Eu sei que isso tudo passa, não será de um dia p/outro, estou tentando me apoiar mais e aprender o que preciso com essa experiência. É dificil, aprendi que tenho que cuidar + de mim, me distrair, me dar atenção para não ficar nessa dependencia de amor filial, de atenção marital.

    Desculpe-me se te magoei em algo que escrevi sobre sua família, não foi intencional, desculpe por estar anônima e continue postando as coisas do seu jeitinho lindo. me ensina a ver o mundo familiar com os teus olhos, sua sensibilidade. Me faz crer que este mundo é bom, que família é importante e se eu não tenho essa união em casa é porque preciso aprender algo.

    Sou muito grata a você.
    Beijo

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    1. Querida amiga cujo nome nem sei;

      Você não me magoou de modo algum. Quando falo de minha família, dos meus filhos, compartilho algo que eu julgo natural na minha vida, mas - ao mesmo tempo - sei que essa não é a realidade de muitas pessoas.

      Sabe aquele ditado "Deus não dá o frio maior do que o cobertor"? Pois eu acho assim: Deus me mandou filhos bons porque talvez soubesse que eu não teria muita paciência se fosse diferente... Quando eu vejo crianças gritonas na rua, desobedientes, fico até arrepiada.

      Talvez, no seu caso, você seja muito mais forte do que eu, por isso ele te colocou em uma situação mais delicada. Você mesma disse que sua menina era uma coisa quando criança e que mudou quando ficou adolescente. Isso acontece muito. Ouvi em algum lugar que isso se chama "divórcio dos pais", um tipo de auto afirmação mais drástica prá se sentir adulto. Não quer dizer que ela não te ame: tenho uma irmã e também uma cunhada que passaram por situações semelhantes. Com o tempo, as coisas vão se ajeitando: se houver espaço, converse com ela de coração aberto, deixando-a saber o quanto a ama, respeita sua opinião e quer estar ali, disponível o tempo todo, quando ela precisar. Não fique triste dela não gostar das mesmas coisas que você - como do crochê - afinal, somos todos diferentes, mas iguais por sermos filhos do mesmo Pai.

      O importante é ela se sentir amada e bem vinda ao seu coração: como diz minha mãe, "na hora que a dor de barriga aperta" a gente quer chazinho, abraço, colo de mãe - e ela não é diferente, só tem um tempo diferente do teu.

      Ore bastante, no silêncio do teu quarto, agradecendo a Deus a oportunidade de ser mãe de uma criatura estudiosa, trabalhadora e esforçada e envie pensamentos de amor prá ela várias vezes ao dia. A gente também não vê as ondas de rádio, as imagens da televisão chegando na antena em cima do telhado, a ligação de um celular chegando até outro - mas elas chegam, não chegam? Amor também é uma mensagem, como uma onda: ame muito o seu marido e sua filha, que esse amor um dia ecoa de volta prá você, tá bom? Fique em paz, minha querida, não deixe a tristeza dominar o teu coração que tudo vai dar certo. Um beijo.

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Como voce é abençoada, em tudo até em dar conselhos. Deus lhe abençoe,
    Suzy

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  5. Rosa, li o comentário anónimo e a sua resposta. Fiquei muito impressionada, principalmente com o sofrimento anónimo. Tenho filhos maravilhosos, mas aceito as suas imensas limitações, absolutamente humanas, tão normais como as que a mim me afectam. Fez-me muita pena o sofrimento dessa mãe, mãe de uma jovem exemplar que, pelos vistos, só falha com os pais. Quem espera perfeição constante e absoluta, sairá, forçosamente, decepcionado. Quem espera que alguém o faça feliz, mesmo que seja um filho, sairá decepcionada, já que a felicidade é responsabilidade do próprio.
    Quantas vezes os meus filhos maravilhosos nao me decepcionaram?
    Quantas vezes, eu própria, nao os decepcionei.
    Importante e o balanço e esse é esmagadoramente positivo.
    Famílias perfeitas nao existem. O que existem sao famílias que se amam e por isso se perdoam e se aceitam.
    Acredito piamente que a tua felicidade com os teus filhos seja profunda, mas, admito, nem sempre unanime.
    Afinal, somos apenas pessoas.
    Beijo

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  6. Querida Sue - obrigada pela sua bondade. Querida Nina: você está absolutamente certa... Perfeito só Deus - todos nós temos defeitos e temos que aprender a conviver uns com os outros. No caso dos filhos, tenho que reconhecer que sou mesmo privilegiada: realmente nunca me deram trabalho, nem em casa, nem na escola, mas se fossem perfeitos não estariam aqui, não é mesmo? A Nana é como eu: fica de mal humor e briga por bobagens quando está com fome ou sono, a Lola é muito desligada e o Ike é inflexível quando acha que está certo, mas sempre resolvemos qualquer diferença com amor... Beijos e obrigada pelo comentário tão sábio.

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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