sexta-feira, 17 de abril de 2015

Vida e coragem


Ainda não eram oito e meia da noite, em pleno meio da semana. Sentada no sofá lá estava eu, fazendo acabamento de crochê em uma blusa - ainda tinha muitas horas pela frente, mesmo cansada e com sono...


Meus filhos estavam na parte de cima da casa, a Lola e o Ike jogando vídeo game, a Nana no telefone com uma amiga, eu sozinha na sala assistindo desenho. Como eu estava cansada... Tinha sido dia de passar roupas, minhas pernas doíam mais que o normal...

De repente ouço a buzina do carro, me levanto e, movendo de lugar a cortina da porta da copa, vejo meu marido parado de frente prá garagem. "Que alegria!" - eu pensei... Por algum motivo ele havia chegado bem mais cedo do que o esperado - naquele dia, como nos outros também, dava aula na faculdade até as onze da noite, eu só o estava esperando lá prás onze e meia, quinze prá meia noite. 

"Que bom! que bom, que bom!!!" fui repetindo baixinho prá mim mesma, pensando que ia dar prá dormir mais cedo, andando feliz da vida - até me esqueci da dor nas pernas enquanto me dirigia prá porta...

A porta - ainda bem que a gente se desfez dela... 

A porta daquele tempo era assim: de ferro fundido, com grades trabalhadas no meio pelo lado de fora e, pelo lado de dentro, um vitrô que se abria prá deixar entrar o ar... Era bonita, mas já tinha dado o que tinha que dar... Numa tentativa de assalto um ladrão já a tinha amassado toda, o serralheiro tinha feito umas remendadas meia-boca - até nem tava feia, mas eu tava cansada dela. Contudo o maior defeito da porta nem era sua aparência cansada: o trinco só ficava fechado se a gente passasse a chave. Se deixasse a porta encostada, ela abria sozinha - tinha que estar sempre trancada. 

Assim sendo, toda vez que alguém atravessava a porta - mesmo que prá pegar uma simples carta na caixinha do correio... tinha que fechar com chave (especialmente por causa da nossa cachorrinha, que era só escutar alguém abrindo a porta e já corria prá xeretar - e podia ser atropelada pelo carro entrando na garagem...).

Lá fui eu - fechei à chave atrás de mim a porta, fui até o portão da garagem, abri a fechadura, abri o cadeado de segurança, olhei pro "Marildo" com um sorrisão de felicidade e ele fazendo gestos enormes por trás do vidro - que era prá eu fechar o mais rápido possível o portão...

Daí que eu reparei um rapaz subindo nossa rua: alto, com um blusão de moletom bonito em cujos bolsos mantinha suas mãos escondidas, de boa aparência - até lembrava um pouco meu menino. Prá baixo dele, numa distância de uns cinquenta metros, dois outros homens, meio esquisitos, também com blusões de moletom, mas com o capuz escondendo os rostos - deles é que eu pensei que o "Marildo" tava falando...

Com toda a pressa que minha condição física permitia eu fui fechando as duas partes do portão da garagem e, enquanto eu fazia isso, atravessou correndo do outro lado da rua, tirando as mãos do bolso, o rapaz que vinha na frente - do qual a gente não desconfiava... Numa das mãos uma arma enorme, reluzente de nova, tremendo ameaçadora na direção da minha cabeça...

-"Abre esse portão, sua v@c@! Abre senão eu te arrebento a cabeça!!!" - a ponta da arma atravessando o vão da grade do portão, mirada no meio da minha cara!

Se ele não estivesse tão nervoso teria reparado que eu não tinha passado o trinco - era só empurrar o portão que ele abria... Olhei pro rosto dele - um menino bonito, com idade prá ser meu filho, e pensei:

-"Então é assim que eu vou morrer? Eu ainda queria fazer tanta coisa..."

O rapaz continuou gritando e, enquanto eu olhava assustada seus olhos, fui movendo o trinco... Os outros homens que vinham mais embaixo foram se aproximando de nós - todos parte do mesmo grupo. 

-"Abre essa porta, eu tô mandando! Quer morrer, sua velha?"

Eu só conseguia pensar nos meus filhos... Os três dentro de casa, tão tranquilos, tão bons... Se aqueles três entrassem, só Deus sabe o que podia acontecer - uma desgraça, uma tragédia... Meu marido, dentro do carro, nem se mexia... Me disse depois que teve medo de assustar o rapaz e ele disparar a arma...

Eu, boba, disse assim prá ele:

-"Moço, não faz isso... eu tenho idade prá ser sua mãe... Pelo amor de Deus..." - e ele disse palavrões horríveis se referindo à própria mãe...

Parada ali, perante três homens mal intencionados, enfrentando a morte, eu pensei:

-"Será que vou ver a bala entrando? Será que morrer dói muito? Meus filhos vão chorar, vão ficar  tão tristes..."

Mas a tristeza deles era o de menos - eles TINHAM que ficar vivos, eu não podia, eu não IA deixar ninguém entrar na minha casa...

Quando o rapaz gritou comigo pela terceira vez, tremendo a arma na mão a menos de meio metro de mim, já os outros dois ensaiavam escalar o portão  e eu disse pro rapaz:

-"Me desculpa, mas vocês não vão entrar na minha casa... Meus filhinhos estão lá dentro, eu não vou deixar vocês fazerem mal prá eles..."

Vocês conhecem alguém que pede desculpa prá ladrão? Eu - prá ser tonta tenho que melhorar muito... Mas, mesmo tonta, eu estava decidida a morrer ali, na porta de casa -  por mim viva eles não iam passar. 

Nessa hora acho que meu marido se deu conta de que ia me perder, que dali eu não ia sair - não é só o medo que paralisa a gente, a coragem (às vezes) também faz isso... Abrindo o vidro do carro eu escutei ele gritando: "Corre prá dentro, mulher!"

E em um lapso de segundo eu pensei que - já que eu ia morrer mesmo... - bem que eu podia arriscar a sorte e tentar fugir prá dentro de casa (uma chance em mil...) e - quem sabe? -conseguir continuar vivendo...

Dei as costas e comecei a correr - imaginando se eu ia levar um tiro na nuca, ou bem no meio das costas... Continuei correndo - parecia câmera lenta de filme, seria até cômico não fosse a situação...

Quando cheguei na metade do caminho consegui ver meus filhos através do vitrô escancarado da porta, a cortina aberta de tudo, seus rostos desesperados, todos falando ao mesmo tempo - trancados dentro de casa por mim! Naquele tempo tínhamos apenas duas cópias da chave da casa - uma meu marido levava com ele, a outra estava comigo e eu a havia usado prá trancar a porta por fora e proteger nossa cachorrinha... 

Justo nessa metade do caminho aconteceu a coisa mais estranha do mundo: me faltaram totalmente as forças nas pernas. Foi como se, de repente, eu não as tivesse mais - ficaram mortas de tudo. Parecia até que alguém as tinha desligado! Caí de joelhos no chão com toda a força e, desse ponto em diante, só minha força de vontade me fez eu me arrastar até a porta, com o molho de chaves tremendo na mão!

Ouvi um dos homens gritar: "O cara pegou a arma no porta luvas do carro!!!" - porque meu marido deve ter se mexido - e não me virei prá trás, prá ver o que aconteceu depois...

Só sei que consegui - não me perguntem como - enfiar a chave na fechadura, rodei e nem precisei abrir - porque a bendita da porta se escancarou, um pouco sozinha e muito pelas mãos dos meus amados filhos, que me levantaram e me arrastaram prá dentro (pois minhas pernas estavam frias e moles, parecendo pernas de uma boneca de pano gigante...).

Meu marido entrou, fechou a porta atrás dele, ligou prá polícia - que não pôde fazer nada, pois os canalhas já tinham se perdido no mundo...

Nunca na vida fui tão beijada, tão abraçada, tão amassada... Meus filhos diziam que eu era uma heroína, meu marido me dizia que eu devia ter fugido prá dentro logo de cara, que eu me expus a um perigo desnecessário - fácil falar...

A gente até fantasia - eu, pelo menos, faço isso - sobre que atitude teria numa hora dessas... Eu me imagino dando uma voadora ninja num desgraçado desses, defendendo minha família com unhas e dentes... Às vezes - pode acreditar, que é verdade! - eu escondo uma tesourinha de bordado no sutiã quando vou abrir a porta, uma agulha fina de crochê... Toda madrugada - quando eu levo a Naninha no metrô - levo comigo meu guarda-chuva gigante, que é prá "sentar na cabeça de uns e outros" se for necessário (e minha família inteira ri de mim por causa dessas coisas, dizem que eu tô velhinha, que eu tô devagar, que antes mesmo de eu esboçar uma reação um bandido me acaba - ô, crueldade da vida, ninguém faz fé em mim...).

Daí, quando eu fico mesmo passada, de saco cheio de tanto preconceito com a minha pessoa, eu falo assim:

-"É, eu tô velha... Mas não se esqueçam de quem foi que enfrentou a morte olhando prá arma e não deixou o mal entrar dentro desta casa...".

E todo mundo cala a boca muito bem calada - porque tem memória, graças a Deus.

Agora olha como a vida é engraçada: menos de um mês depois disso acontecer na nossa vida - eu ainda tremia as pernas cada vez que tinha que abrir o portão de noite (mas não deixava ninguém abrir no meu lugar - não, senhora)! - lá estou eu, pleno sábado de manhã, comprando castanhas do pará no mercadão municipal da Penha, quando entram dois rapazes pela porta lateral do mercado (bem do lado do estande em que eu estava fazendo compra) e eu reconheci o rapaz da arma. Gelou meu sangue, eu fiquei parada olhando prá ele - e ele me reconheceu também! Pegou no braço do outro rapaz, gritou: "Sujou!" e ambos saíram correndo dali pela rua Gabriela Mistral... Só aí, mediante o alvoroço que foi - pois empurraram gente prá fugir, já que o mercado tava cheio... - o Marildo se tocou, me perguntou o que tava acontecendo e saiu correndo atrás deles - mas sumiram, gatunos ágeis que eram...

Trocamos a bendita porta e meus filhos exigiram uma cópia da chave prá cada um deles, prá nunca mais ficarem trancados dentro de casa quando o mundo acontece lá fora...

Meus joelhos ficaram duas bolas roxas, feios de fazer dó. Fiquei um tempão sem usar vestido, pois chamava atenção as pernonas brancas com os hematomas aparecendo...

Não vi minha vida passar pela minha frente - pois não era ainda a minha hora. 

Aliás, duvido que isso realmente aconteça... Porque - se acontecesse... - a gente não ficava sabendo: como é que uma pessoa que morreu, que viu a vida inteira passar como num filme, volta depois prá contar isso pros vivos?

Acho que, quando chega a hora, ninguém na verdade sabe. A gente simplesmente vai embora, fecha os olhos prá uma realidade, acorda em outra, deixando prá trás um montão de coisas que não deu tempo de fazer, roupas prá lavar e passar, tricôs pela metade, palavras que não disse, abraços e beijos que não deu, amores que não declarou,  perdões que esqueceu de pedir...

Os tricôs que se danem, alguém que os desenrole e dê destino ao fio. Outra pessoa que se encarregue das roupas sujas, porque meus abraços e beijos, meus amores e os perdões estão sempre em dia - graças a Deus.

Se fosse a minha hora mesmo, a única coisa que ia me incomodar era deixar gente triste prá trás. Fazê-los sofrer, mesmo que indiretamente, mesmo sem ser culpa minha.

Mas aqui estou eu - firme e forte, cada vez mais rabugenta...

É bem como dizem: vaso ruim não quebra.


Share:

12 comentários:

  1. Você é "doida"????
    Ainda bem é um final feliz!
    Passei por isso há 15 anos. Tivemos um "meio" final feliz.
    beijo.

    ResponderExcluir
  2. Que horror! Esse episódio é de filme de terror.
    Rosinha, por aqui também temos assaltos e insegurança, mas numa outra escala.
    graças a Deus que tudo terminou bem. Ainda tremo! Verdade!
    Um grande beijinho da Nina

    ResponderExcluir
  3. Rosinha, isto aconteceu recentemente? Meu Deus você deve ter ficado em estado de choque....
    Eu acho que agiria como você, não abriria a porta se fosse para proteger meu filho.
    Nessas horas é que a gente vê o que realmente é importante, como você disse no final, se fosse morrer saberia que seu amor estava em dia. Achei lindo isso.
    Eu vou ficar em casa sim, estamos de luto em família, meu cunhado faleceu repentinamente nesta semana, minha irmã e meu sobrinho estão inconsoláveis. MInha mãe também, pois como ele perdeu os pais muito cedo era como um filho para ela. Na verdade ele fará muita falta para todos nós. Uma pessoa que estava sempre sorrindo, sempre disposto a ajudar a todos e muito ligado à família.
    Eu e meu marido estamos tentando cuidar deles nesse momento.
    Bom feriado para vocês
    Bjs

    ResponderExcluir
  4. Rosa, que história mais emocionante, engraçada e triste e com final feliz! você é ótima para descrever em detalhes. Daria uma ótima jornalista.
    Beijos.

    ResponderExcluir
  5. Nossa que história ! Eu nem saberia como reagir, sinceramente isso me arrepia, só de pensar!
    Bom fim de semana! bjs Nina

    ResponderExcluir
  6. Ai Rosa, que horror passar por um momento destes! Graças á Deus nunca aconteceu comigo, não sei o que teria feito. Você teve muita sorte deles não terem atirado em você, talvez a arma nem fosse de verdade. O mais importante é que tudo terminou bem!! E só nos resta rezar muito e tomar ainda mais cuidado pra evitar esses bandidos!!
    bjs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu cheguei a pensar que a arma não era de verdade pelo fato dele não ter atirado... ainda mais que era uma arma estranha, muito grande e prateada, reluzente de nova... Meu marido, que foi tenente do exército, me disse que pode ser que ele não tivesse munição, mas que - pela descrição - a arma era de verdade sim. Geralmente as armas falsas são pretas... Desde aquele dia eu rezo muito mais, quando vou abrir a porta, quando saio de casa, quando volto... Sempre agradeço por estarmos em segurança... Beijos, Luci querida.

      Excluir
  7. Que absurdo, Rosa!! fiquei revoltada.
    Nós, brasileiros(as) termos que passar por isso na porta de nossas casas e corrermos riscos ao sairmos de casa por conta dessa violência crescente que acontece tanto nas áreas urbanas quanto nas rurais.

    Um país que privilegia direitos humanos de bandidos mais do que de trabalhadores, que tem governo federal corrupto; atualmente o mais corrupto que este país já teve!! fora os governos estudais e municipais...só pode ter isso como conseqüências e que todos nós sofremos, pagamos com nossas vidas.

    Por conta da corrupção, cortes foram feitos no orçamento público e com isso faltam recursos básicos para segurança, saúde, educação, transporte por conta dessa corrupção maldita que o povo continua mantendo por conta de continuar recebendo bolsa-família e outras bolsas etc...etc...etc...A dentadura, o botijão de gás e outros afins que antes eram oferecidos por troca de voto mudou para outros benefícios que chamamos de planos sociais afinal PT é "Tudo pelo Social"...quer dizer...o social deles... o Brasil precisa acordar para a realidade que está na porta de nossas casas, uma realidade violenta e que mata mais do que as guerras. Só no ano passado foram quase 55.000 homicídios no Brasil (e somos mais de 200 milhões de brasileiros), são aprox. 150 homicidios por dia por conta dessa violência por assaltos a mão armada e por balas perdidas. Que país é esse? eu me pergunto!!! me preocupo todos os dias enquanto meus filhos não chegam em casa, enquanto meu esposo sai ou quando eu estou fora de casa. Recentemente mataram uma senhora perto de minha casa, de bobeira, para roubá-la e ela nem reagiu. Apenas defendeu o filho e morreu por isso.(???)
    Estou extremamente revoltada com essa maldita política de um povo que vota sem consciência alguma, um povo que se vende e dá o seu voto a quem não merece. Não sou petista, não sou tucana, nem adepta de nenhum partido político mas...tem-se que avaliar os candidatos aos cargos públicos (sejam quais forem) e votar com estudo prévioi e observação do que fazem e do que já fizeram!!!

    Quando é que vamos poder sair de casa e desfrutar da vida fora de casa, dos parques, dos restaurantes (e teve arrastão, ontem, em um restaurante em SP), ter a tranquilidade de conhecer melhor nossa cidade, de andarmos pelas ruas e avenidas à noite, de parar com nossos carros nos faróis e etc.

    Rosa, revoltante o que vc passou. Espero que esteja melhor em todos os aspectos pois isso afeta muito o psicológico, não somente o fisico. É um stress grande que eu tb já passei na porta de minha casa, sei como é. Um bandido apontando a arma para mim e outro atirou no meu esposo desarmado, sem reação, por pura maldade mas Deus é tão bom que a bala não saiu do revolver apesar de ouvirmos um estalido. Ficamos sem entender o que aconteceu com a arma. Essa falha fez com que os bandidos fugissem mais rápido levando nosso carro que estava ligado na porta de casa. E é esse tipo de gente que os direitos humanos defendem!! tadinhos....frutos de uma politica podre, pobre de honra, enganadora, mentirosa, vil, corrupta.

    Que bom que vcs estão bem mas o dia de amanhã (e nem o de hoje) não sabemos. Deus nos proteja!! e livre-nos de todo o mal inclusive na política.

    Revoltada é o que sinto neste momento.
    Este não é o país da ordem e do progresso, não enquanto tivermos governos corruptos.

    Bjs

    ResponderExcluir
  8. Rosa, querida amiga, quanto tempo sem nos falarmos! Que susto! E mais ainda, que coragem a sua! Nestes momentos nunca sabemos qual a nossa reação e a sua foi de coragem apesar do perigo iminente. Depois de passado o ocorrido é talvez você tenha se dado conta de sua atitude. Infelizmente este é o retrato da nossa cidade, estamos totalmente nas mãos dos bandidos, que afloram e se procriam pior que ratos. Eles matam por qualquer dez reais, para poder consumir drogas. Há uns cinco meses passei por coisa semelhante, fui deixar duas amigas em casa, no centro da Lapa, depois de uma reunião na igreja e ao sair do meio fio, já no meio da rua, me abordou um rapaz armado. A sorte é que meu carro quando atinge os 15km/hora trava as portas automaticamente e eu estava com os vidros fechados. Ele pedia para que eu parasse. Não sei de onde surgiram, parece que surgem do nada. Acelerei o carro e fui embora. Depois fiquei sabendo que eles entraram num carro e tentaram me perseguir, mas eu já tinha ganhado distância e sumi. Mas o susto foi grande. No dia seguinte, logo às oito da manhã, minha amiga contou que viu os rapazes tirarem um homem de dentro do carro dele, em frente à casa dela, no mesmo lugar que aconteceu comigo. O homem viu seu carro sendo levado embora sem poder fazer nada. Enquanto a droga tiver livre acesso dentro do nosso país, esta situação não melhorará. E o pior é que sabemos que tem gente grossa envolvida no tráfico de drogas, que rende muito dinheiro. E destes, quem quer perder dinheiro? Mas nós, o povo, podemos perder nossas vidas... Amiga, bom poder falar com você novamente. Deixo aqui o meu abraço fraterno e solidário. Melhoras para as pernas e força, sempre. Grande beijo.

    ResponderExcluir
  9. Olá, Rosa.
    Comecei lendo sua história, que parecia ser apenas o relato duma noite como outra qualquer e até me arrepiei quando chegou ao momento da arma apontada em sua cara - meu Deus! Sua reação, levada pelo sentimento de proteção que não quis saber das consequências para si própria - coragem. Na desgraça desse horror, você ainda teve muita sorte - imagino o medo de que se repita, porque fica o trauma. mas há de ser superado, com muito amor entre sua família.
    Desejo-lhe que se reabilite depressa desses hematomas que ficaram, que é para esquecer rápido todo esse horror.

    bj amg

    ResponderExcluir
  10. Querida Rosa,
    Que coisa horrível! Quanto mais lia, mais apreensiva eu ficava.
    Graças a Deus que você e seus familiares saíram ilesos deste acontecimento lamentável!
    Um grande beijo,
    Ana

    ResponderExcluir
  11. Rosa de Deus, fiquei com o coração bem apertadinho, cada trecho desse seu relato me deixava com os olhos esbugalhados de tensão. Graças a Deus no final ficou tudo bem e você conseguiu com a ajuda dEle proteger sua família. bjsssssss

    ResponderExcluir

Todos comentários são moderados pelo meu filho para evitar spam. Se você postou um comentário e ele ainda não apareceu, aguarde mais 24 horas. Obrigada!