quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Corrida de Obstáculos


É como diz na música do desenho Robin Hood, da Disney: Tem dias ruins, mas também tem os bons... 


Depois de terminar o segundo grau, sem conseguir entrar numa faculdade pública, parti em busca de um emprego - e como foi difícil!!! Fazia fichas e mais fichas, ia em entrevistas onde o Judas perdeu as botas, cheia de esperança - e nada... Prestava concursos atrás de concursos - e nada...

Até que passei em um deles - e numa boa colocação! Deus, finalmente, tinha se lembrado de mim (eu pensava...).

Fui no Departamento de Recursos Humanos da Previdência Social pensando que já ia ser contratada, até levei a Carteira Profissional - mas tinha que passar por uma bateria de exames médicos. 

Fui tirar sangue, marquei a consulta com o oftalmologista que me encaminharam, marquei a do dentista também (tudo sozinha, pois não tinha dinheiro prá pagar ônibus prá minha mãe ir comigo, meu pai tava desempregado...). 

Nesse mesmo dia, voltando prá casa, sem ter o costume de andar pelo centro de São Paulo, fui assaltada: abriram minha bolsa sem eu perceber e me furtaram uma bolsinha bonita que eu levava, onde ficavam meus óculos de grau. Eu - tonta - andava prá todo lado sem óculos, espremendo os olhos igual o Mister Magoo, só porque me achava feia com eles (e, naquela idade, eu queria MUITO ser bonita...).

Que desespero me deu!!! Como é que eu ia passar pelo exame do oculista sem os óculos? E se ele me reprovasse por causa disso???

Daí, guardada de outros tempos, eu tinha UMA única lente de contato gelatinosa, dos tempos do colégio (a outra eu havia cortado ao meio fechando a caixinha...). Fui no exame assim, com um olho de lente e o outro ceguinho de tudo. Falei pro médico que tinha coçado o olho no elevador e que a lente tinha caído... Ele foi bonzinho, me aprovou assim mesmo - apesar do grau da lente de contato estar fraco demais pro meu olho esquerdo...

O exame de sangue deu tudo certo, eu tinha anemia - mas expliquei pro médico que eu era vegetariana desde os 11 anos, então ele só me mandou procurar uma nutricionista prá suprir minha falta de nutrientes e tudo bem...

Só faltava o exame do dentista - que ficava numa travessa da Avenida Paulista. 

Primeira vez ali, tudo enorme e assustador... Subi de elevador até o 11º andar e aguardei ser chamada, nervosa e cheia de esperança ao mesmo tempo - logo, logo eu estaria trabalhando (finalmente!).

O dentista se chamava Ataliba. Um homem muito alto, muito bem arrumado e perfumado, com corrente de ouro, relógio de ouro - um consultório chique como eu nunca tinha visto na vida...

Me examinou como se eu fosse um pedaço de carne, torcendo o nariz prá uma menina de 22 anos, magrinha e tímida...

Terminado o exame ele me disse que eu tinha 5 dentes que precisavam de obturação.

-"Ah, tá bom, pode deixar... Esse concurso que eu passei tem convênio médico e tem dentista também, assim que eu entrar vou lá arrumar os dentes, o senhor pode deixar..." - eu disse.

Ele me olhou sem me ver, como se eu fosse uma imagem que ele tava olhando à distância, que não tinha nada a ver com ele e com seu mundo e disse:

-"Não posso te aprovar pro emprego com esses dentes sem conserto. Você tem até quinta feira prá voltar aqui com isso resolvido, senão..."

-"Mas meu pai tá desempregado, a gente tá sem dinheiro, eu não tenho como obturar nenhum dente agora, doutor!"

-"Isso não é problema meu."

Saí dali desnorteada, mas achando que ia chegar em casa e minha mãe ia dar um jeito em tudo, ia pedir dinheiro emprestado e tudo ia se resolver, com a graça de Deus.

E ela foi - em cada um dos seus irmãos, em cada freguesa de costura que ela considerava amiga... - e pedia "Me empresta algum dinheiro prá Rosa obturar cinco dentes, eu logo devolvo porque ela passou num concurso!...". Mas ninguém quis emprestar. 

-"Tô sem dinheiro agora" - diziam meus tios, donos de comércio, com diversas casas alugadas - várias delas tiradas da minha mãe quando meu avô morreu, pois a enganaram na divisão de bens...

Eu tinha chegado tão perto... Tão perto de ter um emprego, uma vida - poder fazer faculdade, ajudar em casa, comprar as coisas que eu precisava... 

Sabe o que é mais irônico? Minha irmã tava cursando o último ano de Odontologia na USP de Ribeirão Preto - se eu tivesse dinheiro prá passagem, ia até lá e ela me obturava os dentes...

Prá complicar, pela primeira vez na vida eu tinha um namorado - não tinha nem dois meses de namoro ainda. Enquanto muitas meninas já estão namorando com 12 anos, eu comecei com dez anos de atraso... Esse meu namorado, vendo minha tristeza, me emprestou cinquenta cruzeiros (que era o dinheiro da época) e me disse prá ir num dentista popular que tinha quase em frente ao Supermercado Pão de Açúcar - e eu fui, o mais rápido que pude (era uma terça feira...).

Chegando lá expliquei prá ele a minha situação mas ele disse que não podia obturar cinco dentes por aquele dinheiro - o máximo que podia fazer era obturar um e colocar curativo em um outro - porque eles não ficavam próximos e ele não podia ficar anestesiando todo canto da boca. Além do mais o dinheiro era pouco, ele não me conhecia, não podia fazer o serviço fiado.

Me deu um desespero danado, daqueles que a gente decide o que tem que decidir no impulso e eu perguntei:

-"O senhor me arranca esses cinco dentes por esses cinquenta cruzeiros?"

Ele, espantado, me disse que era loucura, que os dentes estavam bons, só um deles precisava fazer canal, que era um pecado, um desperdício...

E eu falei de novo: "Arranca?"

E ele, acho que por dó de mim, disse que arrancava sim...

As anestesias nem pegaram direito e, prá piorar, as raízes dos dentes eram tortas, quando ele puxava os dentes elas se quebravam - e daí ele tinha que pegar outro tipo de alicate e abrir mais ainda o buraco prá arrancar tudo...

Foi um sofrimento maior que dar à luz aos meus filhos. Foi uma carnificina, isso é o que foi...

Terminado o serviço o sangue não parava de sair e o dentista me dispensou, me dando antes um rolo de papel higiênico Sublime - daqueles cor-de-rosa, que pareciam lixa de parede... - prá eu ir cuspindo o sangue, no caminho de casa...

Andei pouco mais de um quilômetro a pé - nem sei como consegui chegar, tão tonta que eu estava... Minha mãe tentou me consolar mas eu nem tristeza tinha, só dor, pois a anestesia passou bem depressa com a caminhada...

Tomei Novalgina, tentei dormir um pouco - mas não consegui pregar o olho nem mesmo à noite, pois o sangramento não parava...

De madrugada minha mãe fez meu pai  me levar no Pronto Socorro do Tatuapé prá ver se eles conseguiam parar a hemorragia. Chamei a atenção por onde eu passei, pois parecia um cadáver andando, sem sangue na pele, os olhos fundos por não dormir e não me alimentar...

O médico do Pronto Socorro que me atendeu se chamava Roberto - o mesmo nome do dentista que me arrancou os dentes - e eu me lembro que senti pena dele, pois não parecia médico. Tinha a barba por fazer, o cabelo despenteado, os olhos muito tristes... E então ele falou assim:

-"Meu Deus... você é ainda tão menina prá perder tantos dentes de uma vez...".

Eu me lembro de sentir vergonha por ser o alvo da pena de alguém... Quis chorar, mas parece que a perda de sangue tinha me deixado seca, nem lágrimas me saíam dos olhos...

O médico aplicou a anestesia - mas não pegou, mesmo depois que ele aplicou uma segunda vez. Acabou costurando os buracos comigo sentindo dor mesmo - e eu fiquei quietinha, pois queria parar de sentir gosto de sangue na boca... Me mandou prá enfermaria tomar uma injeção de vitamina K - prá ajudar a controlar o sangramento e eu fui prá casa.

Chegou a hora do almoço e minha mãe me fez uma sopinha rala de batata - e me forcei a comer, pois tinha que estar de pé no dia seguinte (quinta feira).

Meu namorado veio me visitar e eu mandei minha mãe dizer que eu não estava em casa - eu sabia que esse namoro não ia durar mesmo, quem é que ia querer namorar uma garota feia, magrela e com a boca faltando dentes?

No dia seguinte fui sozinha até a Paulista, de ônibus. Subi de elevador até o 11º andar, entreguei meu RG prá atendente e esperei o dentista me chamar.

Ele me atendeu com o mesmo desprezo cortês que me havia dispensado anteriormente, me mandou sentar na cadeira e, ao ver minha gengiva inchada, ferida e costurada, ao ver os vãos que ficaram no lugar dos dentes que me impediam de arrumar um trabalho, boquiaberto, ele disse:

-"Mas... menina... O que você fez?"

-"Eu arranquei os dentes que o senhor falou. Eu disse pro senhor que não tinha dinheiro prá obturar agora, meu pai tá desempregado..."

Ele me pareceu envergonhado - mas eu posso estar enganada, afinal além de me doerem os buracos eu ainda sentia raiva...

Me disse: "Você realmente quer esse emprego... Tá aqui o teu papel, eu te aprovo prá poder trabalhar..." - e disse isso como se fosse um favor que me fazia...

Peguei o papel, saí dali atordoada e nem esperei pelo elevador. Comecei a descer pelas escadas,  parando um pouco em cada lance, me apoiando nas paredes - até que a tristeza foi tanta que eu me deixei cair sentada nos degraus, prá chorar...

Sentir pena de si mesmo não é coisa boa, não recomendo prá ninguém. Não resolve nada e faz a gente parecer mais fraco do que realmente é - mas, naquela hora, cedi à tentação de sentir pena de mim mesma e chorei feito criança, me perguntando porque Deus não gostava de mim...

Chorei tudo o que tinha prá chorar - pelo menos assim eu pensei. Fui prá casa, me joguei na cama e cobri a cabeça com a coberta - e descobri que tinha mais lágrimas guardadas em algum lugar...

À noitinha meu namorado veio me visitar de novo - e, desta vez, disse que não ia embora sem falar comigo. Disse prá minha mãe que tinha ido no dentista, perguntar de mim, e que o dentista tinha contado que eu pedira prá arrancar os cinco dentes de uma vez. 

Assim sendo, como ele já sabia, não adiantava mais me esconder. Apareci prá ele de olhos inchados, pálida como um fantasminha, disse que logo ia devolver os cinquenta cruzeiros prá ele e fui virando as costas prá entrar de novo.

Daí ele me segurou pela mão, me perguntou o que tava acontecendo, porque eu não queria vê-lo mais...

Eu respondi:

-"Olha, não precisa ficar com pena de mim. Melhor cortar o mal pela raiz de uma vez, eu sei muito bem que tá cheio de meninas lindas que gostam de você, cedo ou tarde você ia me deixar mesmo - ainda mais agora, que me faltam cinco dentes... Não precisa fingir que se importa, eu entendo..."

Ele me puxou pela mão, me abraçou bem forte, disse que não ia me deixar a não ser que eu quisesse. Que era do meu lado que ele queria ficar, mesmo me faltando cinco dentes...

*    *    *

Pois é... alguém pode dizer que o dia do meu aniversário não é dia prá contar uma história tão triste - pois meus filhos chamam essa história de triste, não gostam quando eu a conto...

Mas aí é que tá: ela não é uma história triste de verdade. Ela é a história de um obstáculo que a vida colocou na minha frente, na minha corrida e de como eu o resolvi, pulei, atravessei, passei por cima e continuei correndo!

É uma história de superação e vitória!

O emprego que eu arrumei garantiu o meu sustento e o dos meus filhos. Pude fazer minha faculdade, pude ajudar a pagar o aluguel, comprar comida no mercado, pagar a conta de luz... Ajudei a pagar a prestação do carro e da casa, quando a gente finalmente pode comprar...

Pude fazer tanta coisa boa nesse emprego, pude ajudar pessoas que nunca tinha visto na vida...

O tal namorado acabou sendo o único que tive e me casei com ele em menos de dois anos.. Algum tempo depois, quando perguntei a ele por que ficou do meu lado, ele me respondeu que foi porque eu era corajosa, alguém bom prá se ter do lado por toda a vida, alguém que não tinha medo de tomar uma decisão importante quando era necessário...

Ah, nunca paguei os cinquenta cruzeiros que ele me emprestou...

Recentemente, antes do meu filho passar no concurso, ele andava meio triste, desiludido... 

Muito prá estudar, muita concorrência... 

Eu disse prá ele que tudo ia dar certo, pois deu tudo certo prá mim, não deu?

-"E olha, filhão: você nem vai precisar arrancar dentes prá conseguir trabalho, tenho certeza...".

E foi assim mesmo que aconteceu.

*    *    *

Na vida a gente consegue ser feliz - consegue mesmo. 

É só ter fé, paciência, trabalhar muito e fazer o nosso melhor - perseverar, não desistir nunca. 

Por pior que estejam as coisas, tudo vai ficar bem no final, se Deus quiser - porque Ele nunca se esquece da gente e nos ama, pois, afinal, Ele é Pai...

(Agora só porque eu adoro este desenho:



Share:

28 comentários:

  1. Ai Rosinha, eu vim aqui só para te cumprimentar pelo aniver, porque já tinha marcado na minha agenda, sabia? Desde um post que você fez no ano passado.
    Menina, fiquei passada com essa história, puxa, lembrar disso no dia do aniversário é muito triste!
    Use essa data para lembrar de todo amor que recebeu em todos os seus aniversários que passou com seu marido e seus filhos.
    Desejo a você muitas felicidades e uma longa vida cheia de coisas boas e lindas lembranças.
    Um abraço bem apertado

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada por lembrar, Doutora querida. Não fique passada com a minha história, é como eu digo pros meus filhos: os guerreiros carregam com orgulho as suas cicatrizes de batalha... Não é uma história triste, é uma história de conquista e vitória. Beijos!

      Excluir
  2. Parabéns Rosa, pelo seu aniversário, por você ser quem é e como é. Agradeço à Deus por lhe dar mais um ano de vida, e por ter estado aqui acompanhando esse seu mundo. Rindo e chorando (muuuuiiitttooo) com você. Que Deus continue abençoando muito sua vida, sua casa e sua família. Que lhe dê muita saúde e muitos e muitos anos de vida para aproveitar as conquistas que tanto lhe custaram. E... preciso parar com essa mania de ler essas coisas logo cedo, estou com os olhos vermelhos e inchados e o povo aqui do serviço que vai chegando pensa que aconteceu algo com alguém da minha família...rsrs e, de certa forma eles estão certo, pode parecer estranho pra muitos, mas sinto muito o que lhe aconteceu... vai entender os caminhos de Deus?
    Talvez seja necessário lembrar das coisas ruins para poder valorizar as coisas boas. E, por falar em coisa boa, já que é dia de aniversário, dia de festa e alegria, queria dizer que fiz a sua receita de bolo de coco. Ma-ra-vi-lho-sa! De comer de joelhos mesmo! Foi dureza esperar o dia seguinte pra provar, mas valeu a pena.
    Comemore, Rosa, você é vencedora!
    Parabéns!
    Bjs de coração,
    Mara

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ai, Mara... Você sempre me comove com esses teus comentários... Obrigada mesmo por tanta bondade, tanta gentileza. Que Deus te dê em dobro o que você deseja prá mim, minha querida. Beijos!

      Excluir
  3. Ah Rosa, como é difícil ler suas histórias e não se emocionar, sempre me fazem lembrar de algum acontecimento parecido na minha vida. Feliz aniversário, muitas felicidades, muita saúde, que Deus te abençoe e à sua família, bjos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Márcia querida, a vida é assim mesmo: todos nós carregamos lembranças que fazem parte de nós: sem elas, seríamos pessoas totalmente diferentes, não é mesmo? Importa mesmo é o que a gente supera e que nos torna fortes... Beijos e muito obrigada!

      Excluir
  4. Rosa

    Parabéns por seu aniversário e que tudo na sua vida seja sempre para o seu melhor. Há coisas que acontecem para nos fortalecer ainda mais pois Deus não manda provação além das nossas possibilidades de resolução. Deus nunca nos abandona, em momento algum!!

    Então, desejo de coração que você seja sempre abençoada com muito amor, paz, saúde e que você continue vendo o mundo com bons sentimentos.

    Feliz aniversário.

    Bjs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Acho que tudo na vida é sempre pro nosso melhor, Fatinha querida - mesmo que não o seja a curto prazo. Se a gente sobrevive, se aprende, é pro nosso melhor, sem dúvida alguma... Beijos e obrigada por lembrar de mim!

      Excluir
  5. Parabéns Rosa! Pelo seu aniversário e por todos os obstáculos vencidos!! E é você que nos presenteia com mais uma de suas histórias, sofridas mas sempre com um final feliz; feliz porque você sempre sabe conduzir com tanta habilidade como faz com as linhas, tecidos e tesouras. Um grande abraço e muitos beijos querida Rosa!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Luci querida, que bom que você veio, não seria aniversário sem esse teu carinho! Muito obrigada, minha amiga!!! Beijos!

      Excluir
  6. Rosa querida, eu realmente fiquei triste com a história, mas te admiro ainda mais por saber de tantas coisas que você enfrentou e venceu.
    Você tem razão, nossas cicatrizes tornam-se condecorações de batalhas.
    Te desejo tudo de bom.
    Bjs

    ResponderExcluir
  7. Rosa...parabéns pelo aniversário e que as boas recordações se sobreponham às menos boas!
    Um beijão

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada, Maria da Graça querida! Espero que você já esteja melhorando, com a graça de Deus... Beijos!

      Excluir
  8. Parabéns! Que Deus abençoe ainda mais a tua vida e a tua família

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito obrigada, Mildred querida! As mesmas bênçãos eu desejo prá você. Beijos!

      Excluir
  9. Rosa, eu me identifiquei muito com esta sua história, muito parecida com a minha vida, me lembro que passei em um concurso publico, muito pobre, sem condições de ir ao dentista e quando fui assumir , algumas pessoas, ficavam fazendo terrorismo dizendo que se os dentes não estivessem arrumados, não poderia assumir, e eu tambem não tinha condições de nada, precisava do emprego , mas Deus foi bom comigo, não exigiram ir ao dentista, somente exames médicos.E graças ao bom Deus, consegui o emprego e hoje estou aposentado , trabalhei quase 30 anos no mesmo lugar. Parabéns, pelo seu aniversário, a luta é árdua, mas com garra e perseverança, a vitória tem melhor sabor. Que Deus continue abençoando você e sua família grandemente, Beijos, Suzy Mendonça

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É, nossas histórias se parecem mesmo!!! E não é bom que o tempo passou, que as cicatrizes não doem mais quando muda o tempo? Assim que a gente cresceu, Suzy querida... Beijos e muito obrigada!

      Excluir
  10. Feliz Aniversário Rosa, muitas felicidades!! E parabéns por superar todos os obstáculos que a vida colocou na sua frente, com certeza todas elas contribuíram, mesmo de forma dolorosa, para você ser essa pessoa tão especial. Um forte abraço!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito obrigada (atrasado...) Débora querida. Se a gente sobrevive, fica mais forte, não fica?

      Beijos!

      Excluir
  11. Rosinha, o meu abraço de parabéns segue atrasado, mas, nem por isso menos sentido.
    A sua historia de vida é comovente e esse episodio muito triste.
    Porém, o que não nos mata, torna.nos mais fortes e aí estás tu para o comprovar!
    Um beijinho da Nina

    ResponderExcluir
  12. Parabéns atrasdo rsrs ...
    Nossa Rosa q história hem.. estou em lágrimas uma verdadeira lição de superação e determinação acho q eu não teria essa garra e força q vc teve,tiro meu chapéu pra vc e q Deus continue te dando sempre essa força e garra e q caia sempre chuvas de benções em seu lar Amém....mil bjssss

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada, Wiara querida! Mas, se Deus manda, é porque a gente tem forças prá aguentar, é só saber procurar dentro de si que a gente acha...

      Beijos!

      Excluir
  13. Oi rosa, nem sei se vc vai ver meu comentário, mas só vi este post hoje e confesso que chorei e me fez pensar em como as vezes a gente desiste antes mesmo de tentar...parabéns pela superação e obrigada, muito obrigada pela lição de vida. tô louca no seu blog, nas suas histórias...bjs até mais

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que bom que você tá gostando do blog, Luciana querida. Espero não decepcionar, porque - afinal - sou humana e cheia de erros...

      Beijos!

      Excluir
  14. Poxa, Rosa, não te conheço pessoalmente, mas te admiro profundamente! Parabens, e obrigada por compartilhar passagens tão lindas e puras da sua vida.Beijos
    Rosi

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu é que agradeço por você ter perdido o teu tempo lendo, Rosi querida... Beijos!

      Excluir

Todos comentários são moderados pelo meu filho para evitar spam. Se você postou um comentário e ele ainda não apareceu, aguarde mais 24 horas. Obrigada!