sexta-feira, 27 de junho de 2014

Em nome do Pai



Era um sábado de manhã - o único dia da semana no qual eu não acordo tão cedo. O celular ao lado da cama fez aquele barulhinho irritante às oito horas, mas eu já estava acordada faz tempo - um dos preços de ir envelhecendo: a cama já não tem o mesmo atrativo de quando eu era mais jovem, quando era um sacrifício levantar dela pela manhã...


Mesmo sendo sábado, as obrigações gritavam o meu nome - afinal, todos merecem acordar com o cheirinho gostoso de um chá e uma coisinha prá beliscar... 

Roupas prá colocar na máquina, batatas prá descascar - e, como mulher, fui administrando o tempo de forma quase milagrosa: não uma coisa por vez, mas várias delas ao mesmo tempo, sem perder o rumo nem a mão em nada.

Perto da hora do almoço a campainha tocou e, pela janelinha da porta, vi quem era: dois homens, um deles provavelmente da idade do meu pai e outro bem próximo da idade do meu filho. Testemunhas de Jeová, vindos de uma igreja que fica no meu bairro...

Sempre aos sábados eles batem, religiosamente (e como não seria!), em todas as portas - especialmente na minha, acredito eu... - a fim de salvar almas.

Acho isso tão lindo - vocês não? Tem pessoas que se incomodam, outras detestam, a grande maioria finge que não está em casa, mas não eu... O falecido marido de uma amiga minha os expulsava aos berros, gritando "Bando de desocupados, vão arrumar o que fazer nas suas vidas!!!"... Já o irmão dessa mesma amiga recebe em casa, toda terça feira, um senhor dessa religião - em sua sala, com café e biscoitos, mesmo sendo católico fervoroso e praticante... Cada um é cada um, não é mesmo?

Eu não consigo ser grosseira - especialmente com quem está me procurando prá falar de Nosso Pai. Mesmo se eu estiver no meio de uma ocupação inadiável eu atendo, explico da minha urgência, agradeço e, quando eles dizem que querem me deixar um folheto prá eu ler eu pego e asseguro a eles que, assim que arranjar um tempinho, lerei sim, com certeza.

Dessa vez (como de outras tantas...), mais tranquila, fui até o portão dar um minutinho de atenção aos dois senhores - mais prá desencargo de consciência (confesso), pois não suporto deixar as pessoas no vazio... Eu sempre explico que já tenho minha religião, que ela me conforta e me sustenta nos momentos difíceis - mas, ao invés de agradecerem minha atenção e irem embora, atrás de outras almas prá salvarem, eles sempre discorrem sobre um ou outro ponto daquilo em que acreditam. 

O senhor idoso, que se apresentou como Alcides, interrompeu educadamente o que eu dizia e falou assim:

-"Mas a senhora sabe que só aqueles que conhecerem o nome de Deus e o chamarem por esse nome é que entrarão no céu, não é mesmo? A senhora sabe qual é esse nome?"...

"Claro que eu sei" - eu pensei cá com meus botões... Li a Bíblia inteira ainda menina, ainda tenho o hábito de ler os Evangelhos até hoje... Mas respondi:

-"Ah, eu sei de que nome o senhor fala...

Realmente, é muito bonito conhecer o nome de Deus - se bem que nome NOME de verdade, fica meio difícil, com tantas traduções, prá tantas línguas. Por exemplo, o senhor sabe que o apóstolo Tiago é chamado de James na Inglaterra, não é mesmo? 

Além do mais, eu sempre soube o nome do meu pai, mas sempre o chamei de "senhor" e de "pai"... E ele tinha um nome lindo, de um dos três mosqueteiros...

Minha enteada costumava chamar a mãe dela pelo primeiro nome - eu sempre achei esquisito, meio desrespeitoso, sei lá... Depois de viver um tempo comigo, vendo o meu convívio com meus filhos, a forma carinhosa como eles me tratam, ela passou - depois de adolescente - a chamar a mãe dela de "mãe"... Posso garantir pro senhor que, se meus filhos me chamassem pelo meu nome, eu - particularmente - ficaria triste! Tem um mundo inteiro de pessoas prá me chamarem de Rosa, mas é um privilégio ser chamada de "mãe" por eles e ser chamada de "filha" pela minha mãe...

Aliás, Jesus - que era Jesus - sempre O chamava de "Pai". Até a oração que Ele nos deixou de herança se chama "Pai Nosso", não é mesmo?"

O rapaz mais jovem sorriu, achando engraçada a forma como eu me expressei, como se já os conhecesse pela vida toda em apenas alguns minutos. O senhor idoso, mais impermeável para aceitar novas ideias, continuou argumentando, citando tal ou qual trecho da Bíblia, tentando provar, a todo instante, o quanto eu estava errada... Tudo muito educado e gentil, mas simplesmente refletindo tudo o que eu dizia como um espelho, que só devolve o que chega até ele, sem parar prá pensar...

Ao final da conversa o senhor - como tantos outros e outras antes dele - me deu um folheto prá eu ler, me convidou prá ir na sua igreja (ou seja lá como chamem o local onde se reúnem...), me agradeceu pela atenção, pelo meu tempo e me pediu permissão prá voltar uma outra hora, durante a semana, prá entrarem e conversarem ("desta vez acompanhados por uma mulher, para que não houvesse nenhuma desconfiança das intenções deles" - ele disse). 

Eu entrei e continuei com os meus afazeres, ouvindo comentários dos meus filhos sobre o fato de eu perder tempo demais conversando com quem não vai me ouvir - mas eu respondi que, pelo sorriso do mais jovem, eu acredito que fui ouvida - sim. 

Mais tarde, talvez devido ao acontecimento da manhã, minha Lola me mostrou algo que encontrou no Facebook: um rapaz (que se proclamava evangélico...) dizia que, se tivesse poder, mataria todos os católicos, judeus, muçulmanos e espíritas do mundo, pessoalmente, e faria da Terra um paraíso para todos os evangélicos.

Triste, não é mesmo? Mas não tem a ver com o fato dele ser evangélico: qualquer que fosse a religião que esse rapaz seguisse, ele pensaria da mesma maneira. A cinquenta e poucos anos atrás ele estaria segregando pessoas em guetos, queimando quem pensa diferente dele em fornos, fazendo limpeza racial - hoje, sonha com um mundo "religiosamente limpo". Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo são só palavras bonitas, mas vazias de significado verdadeiro prá ele, visto que os próximos desse moço são apenas os que frequentam a mesma igreja que ele...

Vejo esse tipo de intransigência dentro da minha própria família, sangue do meu sangue. Tenho um irmão que já foi tudo - católico, espírita, umbandista e de várias seitas evangélicas (sendo atualmente de uma delas, não sei qual...). Ele e suas filhas são fonte de sofrimento prá minha mãe, pois vivem criticando a fé que a acompanhou por toda a vida - e que a sustentou por todo esse tempo...

Daí eu ouço eles falarem sobre uma pastora evangélica que alega ter sido levada por Jesus sete vezes a visitar o céu e quinze vezes o inferno. Que nesse último ela viu o Papa João Paulo II e Chico Xavier, trabalhando como empregados de alto escalão prá Satanás... Minha Lola comenta, depois de saber de uma coisa dessas: "Se essa senhora dissesse esse tipo de coisa numa fila de ônibus, numa consulta médica ou numa conversa no trabalho as pessoas se afastariam dela, a taxariam de louca - mas, porque o que ela diz é dito dentro de um templo, ganha credibilidade, não é questionado de forma alguma...". 

Imagino que católicos e espíritas devem se sentir muito tristes com isso... Mas aí é que está: parece que a mídia traz à tona somente o desastre, o mal exemplo, o crime...

Talvez por isso, em matéria de religião alheia, acabamos tomando mais conhecimento da exceção, ao invés da regra: prestamos atenção no padre pedófilo - e esquecemos de olhar para aquele que batalha prá conseguir uma cadeira de rodas prá alguém na sua comunidade ou que distribui cestas básicas com o dinheiro destinado à Igreja; criticamos o pastor evangélico que enriquece às custas do dinheiro dos fiéis e esquecemos de ver os milhares que estão por aí, lutando o "bom combate", resgatando pessoas dos vícios, ajudando a devolver a harmonia em tantos lares...

Generalizamos.

Tempos difíceis estes que estamos vivendo. Parece que a humanidade não aprendeu nada com as tragédias passadas, com as pobrezinhas queimadas como se fossem bruxas, com as guerras chamadas "santas"... Ainda hoje, em nome do Pai, se cometem atrocidades - mas Jesus disse mesmo que seria assim, não disse? Que estariam numa mesma casa o filho contra o pai, a filha contra a mãe...

Apesar disso, fico muito triste... Nós, seres humanos, conseguimos mesmo complicar a vida uns dos outros - especialistas em acharmos ciscos em todos os olhos que não são os nossos...

A vida pode ser comparada com uma grande jornada, uma longa viagem de trem, da qual a gente não escapa e que não dá prá adiar. Tem um vagão - o primeiro de todos, bem perto do maquinista - onde todo mundo viaja espremido, se apertando, se incomodando mutuamente, onde as janelas estão trancadas e não entra nem sequer uma brisa. Nesse vagão todo mundo está suando muito, o cheiro é ruim e o calor é insuportável... Todos os que estão nesse vagão tem muita pressa, se agridem entre si o tempo todo, pelo privilégio de serem os primeiros a descer quando o trem chegar finalmente ao seu destino, não importa o sacrifício... 

E tem um vagão onde se viaja de primeira classe, todos sentados calmamente em confortáveis bancos, onde o barulho das máquinas que movem o trem não incomoda e se pode conversar e trocar ideias o tempo todo - e é bom que se faça mesmo isso, pois assim a viagem transcorre mais prazerosa... As janelas deixam entrar uma luminosidade incrível, que inunda todo o vagão - pois os vidros são limpinhos e abertos até a metade e deixam entrar, numa brisa suave, o perfume das flores que estão plantadas na beira do caminho.

A vida é essa viagem, essa jornada que começa quando fomos criados a partir do desejo de Deus e que segue em busca Dele - não em busca de ficarmos ricos, comprarmos casa, carro, termos dinheiro no banco - não! Nada disso importa, só o destino... 

Em qual vagão você preferia viajar? - e não me diga que a resposta é óbvia, porque a grande maioria da nossa espécie se acomoda espremida no primeiro vagão, achando que - por estar ali - chegarão primeiro, antes de todo mundo (quando, na verdade, o trem inteiro tem a mesma destinação e vai pro mesmíssimo lugar - e, chegando lá, só nos vai ser perguntado se a gente secou lágrimas, alimentou, visitou e prestou assistência aos nossos irmãos - jamais qual religião a gente tinha quando fez ou deixou de fazer tais coisas...).

Na minha concepção de vida a gentileza e a cortesia deveriam ser ensinadas desde o berço. 

O respeito às crenças e opções de vida de cada ser humano deveria ser atributo obrigatório prá alguém ser considerado "humano".

Está até presente na  nossa Lei Máxima, a Constituição Brasileira, no Artigo 5º, inciso VI: "-é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias", lei humana que não está nem próxima da perfeição da Lei Divina, mas que procura assegurar o que é justo, ao seu modo - enquanto que, individualmente ou em grupos, continuamos agindo como bárbaros...

Eu, de minha parte, continuarei atendendo a quem bate na minha porta, em nome de Nosso Pai - e talvez, algum dia, eles realmente salvem a minha alma (não por me converterem à crença deles, mas por me fazerem pensar tanto em Deus prá lhes oferecer minhas respostas...).

E a todos que por esta janelinha entram eu desejo uma agradável e feliz viagem, no melhor vagão possível.
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24 comentários:

  1. Rosa...em nome do PAI se faz muito e em nome dele...muitos fazem muito pouco!
    Bela "historinha" e em nome do PAI...façamos muito...sem prejuízo de nada!!!
    Bom fim de semana!!!

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  2. Um belo exemplo de humildade e de sensatez. Obrigada precisava dessas palavras hoje! bjs Nina

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    1. Que bom, Nina querida! Fico feliz se minhas palavras ajudarem de alguma forma. Beijos!

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  3. Bom dia Rosa!
    Também sou católica e não deixo de atender quem bate em minha porta.
    Só que alguns evangélicos se acham melhores que nós católicos,são muito orgulhosos e se acham já nos braços do pai.
    Quando nova acompanhava uma senhora já de idade ao culto deles,ela era muito idosa e precisava de companhia,depois fui visitar minha irmã que mora em São Paulo e lá fui eu levada por ela ao culto da igreja dela,e continuo na minha religião católica, que adoro.
    Acho que não precisamos ser radicais,religiaõ é uma coisa boa, mas quando vira fanatismo é muito perigoso.
    Seu texto é lindo amiga.
    Bjus e fica com Deus.

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    1. Que bonito, Márcia querida, você não ter preconceito de participar de outros cultos - afinal, Deus está em toda parte, não é mesmo? E não são somente alguns evangélicos que se acham melhores que todo mundo: tem gente assim em todas as religiões, é típico de seres humanos preconceituosos e não de determinadas religiões... Nós, como filhos de Deus, temos que saber relevar e perdoar esse tipo de gente, afinal, ninguém nasce sabendo e todos estamos aqui para nos melhorarmos e evoluirmos.

      As suas palavras foram muito lindas, mostraram que você tem um coração pronto prá fazer o bem.

      Beijos!

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  4. Nunca terei religião! Não me ajeito com o que dizem ser certo e errado!!

    Pregam a paz, a tolerância, a compaixão e o amor ao próximo...porém são intolerantes com a opção do próximo...afff...

    E, desde que o ser humano anda por aqui nestas terras, as religiões mataram e matam...em nome de Deus!!!

    Aprendi a seguir apenas meu coração...

    Deusa ou Deus, não importa...amo e reverêncio no silêncio do meu ser a Essência Criadora.

    Admiro e respeito todos os grandes homens e mulheres que praticaram e praticam o amor ao próximo e às demais espécies...evolução!

    Também pego todos os papeizinhos que me oferecem na porta, mas, nunca converso com as pessoas sobre suas religiões...falo que estou com a panela no fogo....hehe..e ainda me despeço sorrindo e dizendo...Tchauuu...

    Aqui perto de casa, tem um senhorzinho que passa sempre e quando me vê corre me entregar papéizinhos do espiritismo.

    Fico feliz quando o vejo...sei que vou ganhar...ele tira da carteira e me entrega sorrindo...

    Leio e guardo no meu ser o que me interessa no momento.

    Rosa rosinha, tenha um final de semana maravilhoso!!!

    beijinhos,

    Lígia e =^.^=

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    1. John Lennon falava prá gente imaginar o mundo sem religião - e não é difícil prá mim, já que Jesus disse que chegaria o dia em que adoraríamos a Deus no templo de nossos corações... O importante é como tratamos os outros seres vivos, nossos irmãos, os animais, toda a vida na Terra. Com isso já estamos amando a Deus, automaticamente, sem perceber, pois Ele é o criador de tudo.

      Beijos, Ligia querida. Você é uma pessoa maravilhosa, mesmo sem o rótulo de religião nenhuma...

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  5. Rosinha, confesso, eu não tenho paciência, não abro, não atendo! Tive uma colega, mulher culta, bem de vida, que andava pela rua tentando salvar almas. Eu própria a flagrei nesse papel..
    Gostava e gosto muito dela. Ela, mulher inteligente, compreendeu que eu não seria permeável à mensagem e nunca me abordou com esse tema. Ela sabia que eu sabia ... e sempre nos quisemos e queremos bem.
    O que nos liga? O respeito, a amizade, a gentileza, a compreensão e , - porque não dizê-lo? - a inteligência.
    Tenha um feliz fim de semana.
    Beijinhos

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    1. O mais importante eu tenho certeza que você faz: ser uma boa amiga, ser amorosa e boa para com todos, Nina querida.

      Beijos!

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  6. toc..toc...toc...ô Dona Rosa, posso entrar? (rs)

    Sabe, nunca fui de expulsar ninguém que bate na minha porta, mas tb nunca fui de ter muita paciência com que é radical. Mas depois dessa prosa tão delicada que a senhora teve com a gente, eu fiquei aqui pensando..pensando...e não é que a senhora tem razão?

    Adorei o final (e que grand finale, heim?), na verdade enquanto eu deixo de ouvir o outro por achá-lo radical, eu deixo de pensar em Deus.
    Ah! Dona Rosa, adorei conversar com a senhora...rs
    Um excelente fim de semana prá ôce também, viu?
    Beijinhos nas crianças...rs

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    1. Muito obrigada, Cris querida! Também adorei abrir meu coração sabendo que você ia ler um pouquinho do conteúdo...

      Beijos!

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  7. Oi,Rosa querida!
    Amei seu texto!
    Já fui católica,e hoje sou espírita,e acredito que cada dia aprendo mais nessa doutrina!
    Foi me colocando no lugar do outro que aprendi a ouvir quem me pede um minutinho da minha atenção,seja evangélico ou não!
    Assim como o mais jovem te ouviu, e com certeza levou no coração
    suas palavras tão sábias, eu tive uma experiência assim.......
    Certa vez falei para o meu filho amado que tudo de bom ou ruim que fizermos para o nosso semelhante viria com certeza multiplicado para nós portanto deveríamos ser sempre bons!Pensei que ele só tivesse escutado porém algum tempo depois ele mencionou isso numa redação no dia das mães........chorei de felicidade........
    Tudo que é dito com amor e sai do fundo do coração ,é sim,absorvido!
    Amiga querida,se estamos na estação vamos pegar o trem com calma sempre ajudando a quem precisar e também aprendendo com os outros passageiros que seguem para o mesmo destino!
    Obrigada por nos ajudar a sermos melhores!!!Obrigada!!!
    Que Deus te abençoe e também a sua familia sempre!
    Beijos doces.........Cristina Peres RJ

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    1. Que lindo, Cristina querida! A tua religião é maravilhosa, prega o perdão incondicional de Deus e as chances de reparar seus erros através da reencarnação... Parabéns, que você seja sempre guiada por Nosso Pai por esse caminho que você escolheu.

      Muito obrigada e beijos!

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  8. Ah! Rosa, você não existe!
    Que paciência você teve com que só queria te converter…
    E eles acreditam que são os únicos que fazem a vontade de Deus, não é?
    Sou uma pessoa muito religiosa, mas contra todo fundamentalismo. Tenho preconceito contra religiões que fazem seus adeptos discriminar e fazer mal ao próximo.
    Bjs querida e ótimo final de semana!

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    1. Na verdade, Doutora, eu penso que religiões são um tipo de alimento prá nossa alma: algumas pessoas podem viver somente com feijão, outras o detestam; umas só gostam de comer salada, outras carne. Outras comem de tudo. Se a religião da pessoa a alimenta, que ela seja feliz com ela - mas que nunca force goela adentro de ninguém aquilo que ela acha que serve prá todo mundo...

      Beijos, minha querida!

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  9. Bom dia, Rosa!
    Que texto lindo (mais uma vez)!
    Te admiro pela paciência! Como moro em apartamento, não recebo essas visitas.
    É verdade, vivemos tempos difíceis em matéria de crença, religião... Falamos muito e praticamos pouco os ensinamentos de Cristo.
    Tenho uma amiga muito querida que diz que não acredita na existência de Deus. Mas, ela tem um coração tão bom que a considero uma das pessoas mais "cristã" que já conheci.
    No final das contas, a gente entende que é pelos frutos que se conhece a árvore. E pouco importa o nome que se dá ao Pai, se seguimos uma religião ou nenhuma. O que importa é como a gente traduz em atos o que vai dentro da gente.
    Mais uma vez, parabéns pela paciência e por ter a sensibilidade tão afinada ao perceber no sorriso do rapaz uma possibilidade de diálogo. De forma geral, o mundo precisa tanto de pessoas que saibam escutar e tenham disposição em trocar realmente. É na interação que crescemos, que podemos construir um mundo melhor juntos.
    Bjs e bom fim de semana!

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    1. Você disse tudo, Vanessa querida: é pelos frutos que se conhece a árvore, como Jesus nos ensinou. Na parábola do bom samaritano, aqueles que se negaram a ajudar o homem que havia sido ferido pelos ladrões eram os mais religiosos - mas sem caridade no coração. O samaritano, considerado quase um herege pelo povo daquele tempo, foi o único que agiu corretamente - isso é o que Deus leva em conta, sempre.

      Beijos e muito obrigada pelo comentário!

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  10. Bom dia, Rosa:

    Ótimo texto, bela atitude...
    Quem sabe ser gentil e cortês sabe ser tolerante, ser solidário, ter respeito pelo outro, e isto é amor.
    E este amor puro, genuíno deve nortear cada gesto de quem tem Deus no coração.

    Sou cristã e acredito que o amor a todas as criaturas deve ser a máxima de todas as religiões, o que é feito com amor verdadeiro é sublime, é fonte de paz e alegria.
    Para mim fanatismo e loucura andam juntos e Infelizmente (ou não) sou de poucas palavras, sempre agradeço a visita e peço para que deixem o folheto na caixa de correspondências.

    Um beijo e espero um dia poder estar no mesmo vagão que você.


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    1. Então tá: vamos nos esforçar prá estar no vagão do amor, da tolerância e do perdão - e aí viajaremos juntas, se Deus quiser, Judy querida.

      Beijos e muito obrigada!

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  11. Rosinha querida, obrigada por ter tratado meus irmãos de forma tão
    digna e amorosa, sim eu sou Testemunha de Jeová«nome de Deus»
    beijinhos e ouça sempre a Palavra de Deus, sem preconceitos

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    1. Parabéns, Mira querida. Como eu disse, acho sua fé muito linda, por andar pelo mundo tentando salvar almas prá Deus. Beijos!

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  12. Sobre esse assunto penso que religião não se discute, se raciocina.
    O mesmo vale para política e futebol.

    Bjs

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    1. Concordo 100%, Fatinha querida: não se deve discutir religião, jamais! Mas conversar com boa mente, paciência e sem preconceito é enriquecedor e tomara que um dia todos consigamos fazer isso, não é mesmo?

      Beijos, minha querida!

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