sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Faltando pedaço...

Sua Majestade olhava pela janela do hospital, aproveitando a vista do quarto andar do prédio, ao mesmo tempo que escutava e se intrometia na discussão acalorada dos nossos filhos.


"Sou eu que vou dormir aqui com a mamãe - eu é que vou tomar conta dela. Além do mais, no sofá só cabe um...".

"Eu não me importo de dormir nesta cadeira reclinável aqui, ela é super confortável. Podem ficar dois de nós com a mamãe...).

"Tem que revezar comigo, então! Eu também quero ficar com ela!"

"E quem diz que tem que ser vocês a ficar? Desta vez é a vez do papai...

Absorta em pensamentos, lá estava eu - cirurgia de novo... 

Entra a funcionária do hospital encarregada dos últimos detalhes antes da internação - saber minhas preferências alimentares, alergias, cirurgias anteriores.

"Há exatos dois anos eu fiz, aqui neste hospital mesmo, a retirada do útero, das trompas e dos ovários" - respondi, quando questionada.

"Ah, então a senhora está 'vazia'? Pode ser então que, desta vez, seu marido dê sorte e deixe aqui o que resta da senhora e leve uma mulher inteira prá casa...". 

Maldade gratuita, dita com um sorriso de desdém no rosto, num tom de voz somente para ser ouvido por mim, por uma linda menina loira com idade para ser minha filha...

Os olhos dela, já há algum tempo, apreciavam as conversas da minha pequena família, enquanto eu respondia as perguntas que ela me fazia. Seu comentário - tão cruel e, ao mesmo tempo, tão casado com o que eu pensava de mim mesma, caiu na minha cabeça como um monte de escombros num desabamento. 

Incrível como família é - na mesma hora, mesmo sem ter ouvido uma palavra do que a moça dissera, os quatro pararam de conversar e olharam prá mim... A moça, pensando ter sido ouvida, rapidamente pegou sua pasta e saiu fazendo barulho com seus saltos altos. Sua Majestade pergunta: "Tá tudo bem? O que aconteceu?" E meus filhos: "O que foi, mamãe? Tá se sentindo bem?"

Não, eu não estava. Finalmente alguém tinha colocado em poucas e cruéis palavras um resumo de dois anos de minha vida...

Fiz todo tipo de tratamento: florais, chás, acupuntura - isso tudo além de todos os remédios da medicina convencional prescritos pelo ginecologista... 

No começo, as hemorragias eram só de uns 15 dias, que se tornaram 4 semanas, depois dois meses e, por fim, 10 meses ininterruptos, sem trégua. Subir os poucos degraus de escada da minha casa me deixavam cansada. Até me virar na cama, enquanto dormia, me deixava cansada...

Acordava no meio da noite, com cólicas horríveis e descia as escadas, sujando tudo pelo caminho - mesmo usando fralda geriátrica (a que ponto eu havia chegado, meu Deus!)... Não podia sair prá fazer compras, fazer uma visita, ir ao cinema, passear...

Por fim, após uma curetagem de emergência, o médico me disse, mesmo antes do resultado da biópsia, que eu tinha que fazer uma histerectomia total.

Chorei tanto quando estava sozinha! Procurei uma segunda opinião, uma terceira...

Fiz a cirurgia, voltei prá casa e fui me recuperando - com uma menopausa antes da hora prá administrar...

Durante um ano e meio fiz reposição hormonal - o que me acarretou calcificações nos seios, pedras na vesícula e transformou meus rins em esponjas (partes de mim que sempre foram absolutamente saudáveis antes disso, por toda minha vida...). Cada vez precisava de mais médicos prá me tratar... 

Fui ficando fisicamente fragilizada - mas, por dentro, a situação era muito pior. Eu me sentia uma mulher incompleta, aleijada, escutando o tic-tac do relógio da vida esgotando sua bateria... "Uma hora dessas Sua Majestade vai cansar de estar com uma velha, uma mulher pela metade, e vai me trocar por um modelo novo, com todos os itens de fábrica" - eu pensava, como se eu fosse uma coisa, um carro, uma máquina de lavar, que a gente troca por outro quando acha alguma coisa melhor, mais satisfatória...

"Está tudo bem? Você está bem?" - repetia Sua Majestade. "O que aquela moça falou prá você, mamãe?"

"Deixa prá lá. Não foi nada."

"Desembucha."

Meus filhos e ele sabem ser insistentes e, finalmente, contei prá eles o que a moça tinha dito. Me arrependi na mesma hora - disse: "Deixa prá lá, ela é uma menina ainda, tem muito o que aprender na vida, nem deve ter falado por mal, é só inexperiência e falta de tato dela...".

Meus filhos queriam sair prá brigar com a moça, fazer com que ela fosse despedida! 

Sua Majestade, mordendo a língua por dentro da boca (coisa que ele sempre faz quando está nervoso demais...) pediu um minuto às nossas crianças, falou prá que esperassem no corredor - sem ir reclamar com ninguém - que ele queria ter uma palavrinha comigo.

Mal as crianças saíram ele chegou prá mim e disse: "Por que você fez aquela cara tão triste? Por causa de um comentário tão besta quanto esse? Por acaso você pensa como essa moça?"

Eu comecei a chorar, baixinho - toda cheia de peninha de mim... 

Ele se agachou do meu lado - o tempo todo ele estivera de pé, me forçando a olhar prá cima - me olhou nos olhos e disse:

"Deus do céu! E eu aqui pensando, há tanto tempo, que tinha me casado com uma mulher inteligente...

Rosa, pára de chorar feito criança e fecha os olhos.

Pensa: Se você fosse dormir e, durante o sono, alguém tivesse retirado teu útero, teus ovários, sem te contar e se, quando você tivesse finalmente acordado, já estivesse restabelecida, você saberia que não tem mais eles? 

Pensa bem, mulher: você sente a falta deles, quando mentaliza teu corpo? Sente um lugar oco, um aleijão? Porque não é uma mão, que te faz falta prá pegar as coisas, não é uma perna, que te faz falta prá andar, um olho que te foi tirado e sem o qual você não enxerga mais tão bem, não é mesmo? E os seres humanos que perdem essas partes de si mesmos superam as dificuldades, se adaptam, seguem vivendo! Você não se acha capaz de fazer isso? Você se sente assim tão dodói, tão destruída e diferente?"

"Eu... Eu sinto os calorões e vou ficar velha mais depressa agora..."

"Mas deixa de ser boba! Calorão? Prá que existe ventilador? Ar condicionado? Anda pelada pela casa se te der vontade - a casa é tua, não é? A menopausa ia chegar, cedo ou tarde - não ia? E ficar velho todo mundo tá ficando, eu tô ficando, nossos filhos, aquela moça idiota que te falou esse monte de bobagens tá ficando! Olha, se você quiser eu vou lá, na direção do hospital, fazer essa moça ir parar no olho da rua - mas antes, deixa eu te dizer uma coisa: Se eu te conhecesse agora, se a gente tivesse se casado ontem, eu jamais saberia que você não tem mais útero nem ovários - só se você me contasse. Você - prá mim - ainda é a mesma. Podia emagrecer uns quilinhos, é verdadepodia ser menos geniosa... Mas ainda é a mesma. Larga a mão de ser besta e de chorar por bobagem, que deixa todo mundo preocupado..."

E não é que ele estava certo? Pensei:

"Caramba!!! Eu é que tinha que ter chegado a essa conclusão sozinha!!! Tanto tempo carregando esse fardo desnecessário e sem sentido! Se eu tivesse conversado antes - não teriam sido dois anos tão tristes, eu não teria sentido, esse tempo todo, tanta pena de mim!!!

E foi assim, que da boca de um homem - do meu Capitão, Sua Majestade, meu colega de quarto, "O Dono Verde do Mar"... - saiu o remédio que há dois anos meu coração precisava tanto!

Fui pra cirurgia otimista, renovada e fazendo todos me prometerem que nada fariam à tal moça. Das duas (da cirurgia e da moça...)  me recuperei como Deus permite, seguindo com a vida num ritmo diferente - ninguém permanece jovem prá sempre mesmo, uma hora a gente tem que aceitar isso... 

O interessante é que, há pouco tempo, reencontrei a mesma moça, que ainda trabalha no mesmo hospital (ainda bem que minha família cumpriu o que me prometeu e não atrapalharam a vida dela...)- só que agora na Clínica de Cardiologia, abrindo as fichas dos pacientes. Está mais velha (bem mais velha do que os anos que passaram, com um rosto meio macilento, estranho...). O mais incrível é que ela me chamou pelo nome, prá abrir minha ficha, me reconheceu e, arrumando uma desculpa, passou minhas coisas prá outra funcionária, me olhando com o mesmo olhar de desdém - nesse ponto, parece que o tempo ainda não passou prá ela... Fazer o quê, não é mesmo? Cada um aprende com a vida de um jeito, uns mais cedo, outros mais tarde.

Eu aprendi que um anjo, mesmo de asas quebradas, continua sendo um anjo - e nós, mulheres (mães, filhas, esposas...) também somos, de certa forma, anjos - cuidamos de nossas família com nosso maior zelo, com todo nosso amor, não é mesmo?

Aprendi que as partes que me faltam - não me fazem, assim, tanta falta...


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36 comentários:

  1. Rosa, que amooooor!
    Sua história é linda, e o que você sentia, muitas ainda o sentem, acho que sua história pode ajudar a muitas mulheres que passam por isso.
    Mas que vocês deviam ter reclamado da enfermeira para um superior, ah, isso deiviam, viu?
    Você precisa ler Adelia Prado, vocês tem muita coisa em comum.
    Bjs querida e ótimo final de semana

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    1. É justamente por isso que eu compartilhei: na esperança de ser útil, de ajudar quem está passando por isso...

      Espero que dê certo!

      Beijos!

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  2. Oi
    Li este texto e fiquei muito comovida. Me vi, há alguns anos atrás, em muito do que você escreveu. Com duas diferenças: não tive filhos brigando para ficar comigo no hospital e nem marido que me fizesse ver que sou um ser perfeito, mesmo com uns órgãos a menos...rs...
    Também fiquei deprimida, mas depois um amigo, que considero sábio, falou:
    "Você quer parar de ter dó de si mesma? Ou precisa que a vida lhe mande um carcerzinho básico em um órgão vital?
    Se está passando por esta situação, é porque tem algo a aprender com ela e já está pronta para esta lição. Aceite, pois aceitar é um dos passos para a evolução.Não aceitar tipo conformismo e sim com sabedoria, aprendendo a cada passo como não produzir situações semelhantes"
    E estou aqui trabalhando minha cabeça a cada dia, tendo em mente que pode faltar uns pedaços no corpo, mas meu Ser é perfeito e completo.
    Obrigada por ter dividido sua experiência. Sei que há de fazer com que muitas pessoas tenham forças para sair de seus casulos.
    Paz em seu coração
    Bjs

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    1. Minha linda, linda Cris!

      Teu relato me comoveu tanto... Me imaginei na tua situação, sem ter os filhos do lado brigando por você, sem um marido sábio como o meu... Sabe, eu cada vez mais me dou conta do quão pequena eu sou, de como sou fraca e carente desse apoio que recebo - eu, no teu lugar, acho que teria sucumbido... Você é tão forte!

      Compartilhei minha história mais prá que cada mulher visse em si mesma a pessoa que meu marido me fez ver em mim mesma do que prá mostrar como superei esse pedaço da minha vida. Se enxergar assim devia fazer parte do ensinamento básico de viver que a gente recebe de berço - como aprender a andar, falar, comer sozinha, se limpar... Na maioria das vezes, são as próprias mulheres que fazem as piores críticas... Me lembro que, quando era pequena, uma mulher da nossa vizinhança havia tirado o útero e escutei outras falando que ela não era mais mulher porque não tinha mais esses órgãos...

      Que bom que você está superando e tem lucidez prá se enxergar sem todo o apoio que eu tive: mostra que você é mesmo uma vencedora. Parabéns!

      Beijos e um lindo final de semana!

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  3. Todos os dias temos os personais trainings nos testando e nos fazendo aprender os exercícios da vida, driblar um problema aqui, saltar com vara de outro ali e dando cambalhota sobre a tristeza e assim vamos nos educando e deixando nosso espírito em forma! bjs e bom dia querida Rosa!

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    1. Incrível essa tua analogia, Nina querida - é assim mesmo! Tem sempre alguém nos ensinando alguma coisa nova, enquanto continuamos vivendo...

      Beijos!

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  4. Que bom que agora você está bem, tanto física como emocionalmente. Nada como o amor da família para superar esses momentos difíceis! Temos que aprender a dividir com eles além de nossas alegrias, também os nossos sofrimentos. Assim um ajuda o outro!!
    beijos

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    1. É, Luci querida, você está certa... Às vezes a gente tem medo de dividir o pior, por medo de atrapalhar, de afastar a pessoa prá longe de nós mas, muitas vezes, o ser humano nos causa uma boa surpresa!

      Beijos!

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  5. Snif...snif...snif... (muitas lágrimas, blusa ensopada...)
    .......................................................................
    Pobre daquele que não se desapega. Acho que o maior crescimento que podemos conseguir é o seguir em frente “apesar de”. Porque como tu, Rosa, a vida tem pétalas e tem espinhos. Como a força aparece através do amor. Não é o dinheiro, não é o luxo, não é o ódio... apenas o amor nos dá força.
    Quando vejo alguém sendo maldoso, ou em uma implicância desnecessária, sempre penso “lá vai mais uma pessoa mal amada”...
    ...do meu Capitão, Sua Majestade, meu colega de quarto, "O Dono Verde do Mar"...? E ainda achas que não podes escrever um livro???
    Abençoada seja sua vida e suas experiências, Rosa. Pois delas foram feitas alguém tão especial como você.
    Obrigada,
    Bjs

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    1. "O Dono Verde do Mar", do poema "Ninguém me venha dar Vida", de Cecília Meireles - ele até merecia um porma só dele, mas peguei esse emprestado (acho que a autora não ia se importar...). Eu só gosto de compartilhar minhas histórias, não acho que tenho talento prá escrever, de verdade... Mas agradeço por você gostar, Mara querida, é bondade sua.

      E concordo com você que esse tipo de pessoa que faz maldades gratuitas é mal amada, mal resolvida...

      Beijos e obrigada!

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  6. Rosa, gosto de ler seus textos. Gosto da sua história. Gosto de você. Gosto. Gosto muito e te admiro muito!
    Beijos

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    1. Obrigada, Helena querida! Nem sei como responder a um elogio tão cheio de entusiasmo - você me passa uma energia muito boa, sabia?

      Beijos, minha amiga.

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  7. Sempre otimista e nos colocando pra cima. Belo exemplo de vida. Sempre leio seus comentarios mas nunca comentei. Te admiro muito
    BJ
    Sueli

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    1. Obrigada, Sueli querida! Fico feliz então com seu primeiro comentário!

      Beijos!

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  8. Rosa, como sempre tua história me emociona.Minha irmã tinha 21 anos , noiva, semfilhos e tbm precisou fazer uma histerectomia...nem em sonho imagino o que ela passou,porém é uma pessoa mt boa, meio ranzinza mas maravilhosa!!!
    Rosa tu teve que tirar o útero, porém a enfermeira que te atendeu é um ser morto, sem nenhuma alegria na vida, esta realmente é aquela "mal-amada" que td mundo fala, não suportou sentir o clima de amor da tua família e quis te destruir, teu marido, companheiro iluminado soube te amparar e acalentar.Parabéns pros dois!!!Obrigada por aparecer no meu caminho e me ensinar tanto da vida, perdoa se as vezes corro aqui leio tuas postagens e não comento...posso ficar sem tempo, mas PRECISO te ler.Coloquei no meu blog o teu pap do xale ondas...
    Bjus!!!
    Liege

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    1. Nossa! 21 anos - uma criança, praticamente... Que bom que ela se recuperou! É como diz o ditado "Aquilo que não nos mata, nos fortalece". Ela - com certeza - tem muito a ensinar a todas nós.

      Fui lá ver o teu cachecol e adorei! Ficou lindo!!! Fiquei cheia de orgulho, por ter ajudado... Obrigada por colocar o link do pap!

      Beijos!

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  9. Minha querida amiga, muitas vezes ouvimos belas palavras de quem menos esperamos. Lindo gesto do seu marido, afinal de contas, você já tinha seus filhos e não deixou de ser mulher. Eu também passei por isso e ouvi de uma aluna minha, uma freira que tinha sido enfermeira, palavras semelhantes às que seu marido lhe disse. Entendi e não senti pena de mim mesma. Meu marido também não deixou de gostar menos de mim por causa disso. Que bom que temos pessoas sensatas ao nosso lado e que se importam e gostam de nós como somos. Ainda bem que você superou tudo isso. Viva a vida e deixe os mal amados de lado. Beijinhos.

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    1. Obrigada, Ligia querida! Que bom que nós duas recebemos um socorro, não é mesmo? Tivemos sorte...

      Beijos e obrigada por acrescentar tua história à minha.

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  10. Minha linda amiga Rosa, tenho um testemunho parecido e talvez mais duro e mais dificil, porem com uma carga positiva muito grande, pois passei por uma histerectomia total ha dois meses porque sofria ha dez anos com hemorragias e colicas absurdas. Hoje me sinto a mulher mais feliz do mundo e creia com um desejo sexual muito maior que antes. Depois com calma vou postar todo o meu calvario, pois quem sabe ajuda a outras que estejam passando pelo mesmo problema. Beijos.

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    1. Nossa! Fazem somente dois meses? Está bem recente e você superou de forma surpreendente! Parabéns pela força e faça sim o relato, que vai - com certeza - ajudar muita gente!

      Beijos, minha querida Rose!

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  11. Oi, Rosa! Leio mas nunca escrevi. Engraçado que estou com o mesmo problema. Dias e dias de sangue a sujar tudo. Na minha última ultrassonografia o útero apareceu mais espesso. Já falaram em histerectomia. Depois os médicos tiraram a cirurgia da pauta. Estou preocupada agora com esse resultado. Fiquei pensando em ficar oca. Oca. Acredito também que a pessoa que tem estado comigo não se importe com isso. Mas ainda assim, tenho o coração apertado. Depois de ler tudo, e de ver que o seu Capitão, é um Capitão e tanto, e recebe o nome de Sua Majestade com muita razão, tenho material para pensar e me acalmar. Fique com Deus, querida e obrigada por compartilhar sua história tão linda e tão forte. Beijos enormes.

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    1. Querida Ana... Sei bem o que o teu coração deve estar sentindo. Mas, acredite: o maior mal está realmente na nossa forma de encarar as dificuldades - e não nelas mesmas! Vou torcer prá você não precisar fazer a cirurgia, mas se acontecer, saiba que o pós operatório é muito tranquilo, a recuperação é rápida e a vida segue normal (especialmente se você não tiver problemas com reposição hormonal - aí nem os calorões da menopausa você vai sentir...). Você leu o comentário anterior ao seu (da Rose)? Ela operou faz só 2 meses e está ótima!

      Agora, uma dica: tem um chá que ajuda a regular sangramentos, chamado uxi-amarelo. É uma casca de uma árvore, me fez muito bem (durante um tempo) e tem relatos de mulheres que ficaram boas com ele. Uma ginecologista que me passou essa dica, tendo tido ótimos resultados com algumas pacientes dela. Infelizmente o meu caso era mais sério, tinha que tirar tudo mesmo... Mas pesquise na internet, experimente e tenha fé, que no fim tudo dá certo.

      Beijos e fica com Deus.

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    2. Beijo, Rosa linda, e que Deus te proteja e aos seus.

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    3. A você também, minha querida. Beijos.

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  12. Lendo esse post ,ficou chocada com a maldade gratuita da peste. E vc ficar tão pra baixo por causa de uns órgãos que nem fazem falta depois que temos os filhos que queremos. Eu não tive que tirar nada, mas entrei na menopausa com 46 anos. Não no climaterio, mas menopausa mesmo, e cá pra nós fiquei bem feliz de não menstruar mais.
    Oca ou não vc é fantástica e seu marido soube ver isso.Agradeça a Deus por isso. Bjs

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    1. Realmente a parte melhor é não menstruar mais - eu sempre tive tantas cólicas!

      Obrigada pelos elogios, Célia querida! Fica com Deus.

      Beijos!

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  13. Rosa,

    Toda a sua história exemplifica uma frase que gosto muito e que encaixa perfeitamente na tua vida:

    "Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"
    (Antoine de Saint-Exupéry)

    Bjs

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    1. Frase linda... O mundo seria um lugar muito melhor se todos nós enxergássemos desse jeito, não é?

      Beijos, minha querida.

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  14. Rosa, sua história é linda...fiquei sua fã !Que Deus continue te fortalecendo !Abraços

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  15. nossa uma historia e tanto, minha sogra passou pela mesma situação, ela tinha mioma e um tumor benigno, também fez a histerectomia total.fez radioterapia passou toda a fase difícil do tratamento e se recuperou e o mais importante eu estava gravida e ela nem imaginava ele tinha acabado de operar. eu fazia curso de aux de enfermagem na época e fui ajudar a troca-la , e pedi um par de luvas para a aux que estava ali para troca-la ela me mandou eu pegar um par que estava ali na janela, eu olhei bem e falei pra ela o que? não respondi pra ela, eu quero um par tirado da caixa onde eu posso pegar? a minha sogra era obesa e também tinha feito plastica foram tirados 8 quilos de gordura dela ela levou 150 pontos , o abdômen dela tinha um corte de um lado ate o outro. ela falou então pra eu ir ate o corredor e pegar no carrinho de enfermagem e eu fui. e quando voltei falei pra ela eu não sei desde quando essa luva ta ai, a cirurgia dela foi muito grande você ja pensou se da uma infecção nos pontos? a minha sogra falou depois que ela foi embora, ai só você né ? mas ela ta errada eu respondi. ela me ensinou tudo que eu sei hoje e foi depois dessa cirurgia. esse negocio de menopausa é relativo minha tia entrou na menopausa com 38 anos acredita? hoje ela tem 61 e ainda toma hormônios, o medico disse que o corpo dela toma como água os hormônios. quanto a faltar um pedaço não se sinta assim não também concordo com seu marido foi um comentário besta da parte dela. ah se eu estivesse la rsrsrs não faria ela perder o emprego mas que ela levaria uma resposta a altura ah levaria com certeza. a a senhora tem muita sorte de ter uma família assim tao carinhosa e tem também a melhor terapia do mundo a tricoterapia e aqui uma apreciadora de tudo que a senhora faz. que deus continue sempre presente em sua vida lhe auxiliando em todos os momentos, li no face que a gente se pergunta onde esta Deus nos momentos difíceis, mas que e na hora da prova que o professor fica em silencio. um grande beijo.

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    1. Obrigada, Elisabete querida, você é mesmo um amor. Não se preocupe, eu não me sinto mais assim, faltando pedaço. Foi fácil de escrever essa história porque a ferida já cicatrizou, já caiu a casquinha e a marquinha que ficou nem dói mais... Mas agradeço sua preocupação em me consolar e fico feliz com sua atitude solidária em relação à sua sogra. Deus te abençoe minha querida. Beijos!

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  16. ah que bom que a senhora se refez, quanto a minha sogra isso foi so o começo eu cheguei a parar um junta medica com 11 médicos juntos por causa dela. aqui em casa me chamam de d encrenca rsrsr. mas pra mim se as coisas não estão certas eu vou atras ate resolve-las se não fico me remoendo ( e isso acaba consumindo a gente)bjs.

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    1. Você é do jeito que tem que ser: ativa e resoluta. Parabéns!

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  17. Rosa,querida Rosa é a primeira vez que tive o prazer de ler os teus artigos e tuas lindas histórias. Como é bom aprendermos a superar os desafios pelos quais a vida as vezes nos faz passar.Amei de verdade conhecer estas experiências tão lindas.Sou sua admiradora de mão cheia.um graaaaaaaaaaaaade.......abraço.Sueli 3 de fevereiro de 2014 21:47

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    1. Obrigada por toda essa gentileza, Sueli querida. Fico feliz de ter te conhecido. Beijos!

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