terça-feira, 2 de agosto de 2011

"Querida, cheguei!"





"Foi o melhor dos tempos. Foi o pior dos tempos."

Mais ou menos.




Que foi melhor foi mesmo, pois não precisei fazer nenhum serviço de casa - minhas unhas até cresceram...

Esqueci do mundo: só o que importava era tricotar sem pressa, sentindo no ar o perfume de cedros e eucaliptos, descansando as agulhas no colo prá alimentar os olhos com flores, borboletas e beija-flores sem conta.

Mas teve o lado ruim: um tombo. Sua Majestade tem uma cadeira de balanço - que já quebrou uma vez, anos atrás, comigo em cima (prá variar). Muito gostosa de sentar, disputada por todos na frente da lareira, à noite - quando alguém distrai o resto da família lendo um livro em voz alta; depois de tanto tempo, achei que estaria segura só com uma sentadinha...

Eu já devia saber...

Desde pequena, não tem bola ou pedrada que não me ache: até pensei que eu daria uma ótima localizadora de bombas em campos minados - mas precisaria de um uniforme como o do Homem de Ferro, para ter mais que 2 minutos de trabalho.

Uma vez eu e sua Majestade levamos as crianças em uma convenção de histórias em quadrinhos e animes japoneses e, em dado momento, ao invés de sortearem sacolas com bombons e brindes, resolveram atirar os mesmos do jeito que as noivas jogam os buquês e adivinha na cara de quem eles acertaram? Isso mesmo. Sentadinha num canto, com um montão de jovens ávidos pelo brinde na minha frente, o vento fez a curva e zás!!! Mas, pelo menos, os doces eram bons.

Quanto ao tombo, dei graças a Deus que não foi com mais ninguém, prefiro que tenha sido comigo - eu lido com dor muito bem: é prá isso que existem analgésicos e bolsa de água quente.
Recapitulando de onde paramos: no último dia antes da viagem, sua Majestade me liberou de minhas obrigações culinárias e assim pude fazer - em um só dia - todas as partes do casaco para dar para minha mãe e, assim, levei para o sítio para costurar. Trouxe pronto, ela adorou, todo mundo que viu adorou, um monte de gente quer um igual, pensam que é feito de tecido, acham o corte maravilhoso, etc., etc., mas - por um bom tempo - quero distância dessa receita (odeio produção em larga escala - mata minha criatividade!)
As modificações que eu fiz foram as seguintes:
- mais pontos: manequim 44/46;
- mais comprido, ficou com ar de casaco mesmo;
- mais largo embaixo, feito com mais pontos em todas as partes e foi afunilando - deu um caimento ótimo;
- inventei de por um cinto atrás - ficou lindo!
Agora sim, um casaco com tamanho de gente - nada dessas coisinhas que só servem em quem tem menos de 30 anos/50 quilos: com esse, todas as belas "balzáquias" como eu e minha idosa mãe podem se sentir chiques e agasalhadas como merecem.
Fiz mais algumas coisas: 2 casacos, 4 toucas e um conjuntinho para dar pro neto do caseiro, que tem 6 meses de vida; depois vou postar todas as receitas.
Ah, tô preparando uma surpresa: dentro deste blog vou criar uma página para ajudar as "costureiras paraquedistas" como eu a perderem o medo e se tornarem "intrépidas e aventureiras". Aguardem só um pouquinho, tá?
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2 comentários:

  1. eu realmente adoro seu blog. você é muito boa no que faz. eu tenho uma pergunta se eu posso colocar as fotos e o passo a passo no meu blog? dando os devidos créditos é claro

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  2. Fico muito feliz e honrada se você fizer isso, afinal, o que eu quero mesmo é ver gente fazendo tricô, crochê, pintando e bordando - e ter uma pequena participação nisso. Beijos.

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