quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Tristeza



Não quero deslocar o ar 
com minha passagem
Não vou pisar pesado
e nem bater a porta...
Almejo seguir com a vida
tão despercebida
quanto aqui cheguei.


Não quero respingar
quando cair na água,
quero chegar ao fundo
com peso muito leve
e ali ficar prá sempre
sem causar nem onda
nem tremulação...

Quero mais que tudo
ser levada pela correnteza,
igual folha liberta
do galho seco onde estava presa.

Matar a sede
com as gotas que caem da goteira.

Ver a luz somente
através das frestas na madeira.

E só comer fruto ou semente
que não faça falta à ninguém...

Quero ficar esquecida naquele canto escuro
do qual ninguém se lembra
de tirar o pó...

Desaparecer como fumaça ao vento,
me dar por perdida em meus pensamentos
sem razão que baste prá me encontrar.

Quero carregar no peito
apenas a carne e o sangue
de que o pobre é feito.

Não quero ter sonhos
dos quais possa acordar...

Vou carregar comigo somente
a tristeza que não me abandona.

Só quero ser deixada em paz...

Quero apenas amar pela metade
Mentir
Com tamanha força e tanta vontade
Até crer que é verdade
Que eu não quero nada...

A tristeza.

Como temos medo dela...

Acho que se houvesse uma pílula que a gente pudesse carregar na bolsa e que pudéssemos tomar quando necessário prá mandar a tristeza embora - seria o remédio mais consumido no mundo inteiro.

Talvez grande parte dos alcoólatras e dos drogados busquem em seus vícios o remédio prás suas tristezas - não sei dizer, nunca bebi nem fumei, nunca experimentei nenhuma droga (a menos que café seja droga - o que, segundo meu marido, é...).

Jesus ficava triste - era humano também. Ficava bravo. Expulsou vendilhões que comercializavam dentro do templo, distribuindo chicotadas prá todo lado (imagina se fosse hoje em dia, pobre Jesus, iria chicotear noite e dia, mas não ia conseguir expulsar nem uma fração deles...).

Lembram como ele chorou quando soube que seu amigo Lázaro havia morrido? E olha que ele já sabia que ia trazê-lo de volta à vida - mas acho que Jesus chorava de ver os outros sofrerem, quem sabe...

Nas vésperas de ser preso prá ser crucificado ele também chorou - mostrando prá gente que, fortes ou fracos, todos nos tornamos pequenos diante da tristeza.

Humanos.

Em dezembro fomos viajar de carro prá conhecer Florianópolis - ideia do meu filho. Fez roteiro de todas as praias que deveríamos conhecer, todos os pontos turísticos. Levei várias caixas de remédios prá dor, relaxantes musculares, anti-inflamatórios, pois a última coisa que eu queria era atrapalhar as férias da família com os meus problemas.

Caminhei com eles em todas as praias (com minha bengalinha), entrei nas águas geladas (sempre de mãos dadas com alguém...), visitei fortes, subi escadarias, visitei as alturas dos mirantes - até fui elogiada por minha coragem por uma moça, que disse que muita gente de saúde não se arriscava a ir tão longe, que eu estava de parabéns!

Pois é: a gente tem que se esforçar prá não ser um fardo prá ninguém - especialmente para as pessoas que amamos.

Sejam as dores físicas ou morais. Analgésicos para umas, orações para as outras.

Mas às vezes: os analgésicos são fracos demais... Às vezes as orações não bastam...

Estávamos numa praia chamada "Praia Mole". Começou errado logo no início: meu marido estava procurando um lugar seguro prá deixar o carro, vimos uma placa na calçada indicando "Estacionamento" e entramos. Era uma casa grande na beira da tal praia, com um quintal enorme usado para estacionar carros. Estava em obras, pois na parte mais próxima da areia estava sendo construído um restaurante. Quem nos recebeu foi um homem que parecia ser o chefe dos pedreiros e foi logo nos dando um preço que era o dobro do que estava marcado na placa. 

Mal humorada eu disse pro meu marido que queria procurar outro estacionamento, que os outros não seriam malandros a ponto de cobrar o dobro de nós (porque eu percebi no rosto do homem que ele era meio pilantra, medindo a gente pelo carro, por sermos de São Paulo) mas fui voto vencido: todo mundo queria ficar por ali mesmo.

Fomos então arranjar um local tranquilo na areia prá montar o guarda-sol, estender as cadeiras. Praia lotada, homens marombados, mulheres plastificadas. Podem pesquisar: a "Praia Mole" é o ponto de encontro do pessoal que adora se cuidar e se exibir... A mim não incomodavam, até porquê, depois de uma certa idade, nós meio que nos tornamos invisíveis: apenas uma velha de maiô andando devagarinho pela areia.

E devagarinho é pouco: de todas as praias em que fomos, a Praia Mole tem a pior areia que se possa imaginar: uma grossa camada de areia extremamente fofa na qual nossos pés afundam como se fosse um pudim - e que faz o ato de caminhar um exercício desumano prá alguém normal de uma certa idade (imagine alguém usando uma bengala... Aliás: a bengala morreu, pobrezinha. Não sei se foi a água do mar, as mãos cheias de protetor, a diversidade das areias - só sei que ela ficou colenta, um nojo. Chegava em casa e tinha que lavá-la e passar maisena, ela então ficava menos pegajosa, mas feia de doer... Pobrezinha, tão prestativa...).

Meus filhinhos, depois que a gente achou um cantinho prá se esparramar, foram dar voltas pela praia e lá ficamos eu e o Marildo (ele lendo, eu apreciando o mar e tomando um solzinho nos palmitos enormes que chamo de pernas). 

Sabem como são as praias: vendedores de churrasquinho de queijo, castanha de caju torrada, sorvete e churros. Meu marido não gosta que a gente compre nada dos vendedores de praia - diz que não tem higiene e que tudo vem coberto de areia (eu não me importo, mas não me compram nada, bando de sovinas do caramba...).

Lá fico eu bebericando da água que eu mesma trouxe, sentindo o cheiro do queijinho derretido, a fome aparecendo (e eu discutindo mentalmente com o meu estômago, afinal de contas não haviam nem passado duas horas do meu café da manhã...) quando me passa pela frente um vendedor de churros - mais um, como qualquer outro... Mas não.

Eles vendiam os churros assim: uma assadeirinha de alumínio redonda. Uns 20 pedaços de canos de pvc (de construção, de fazer encanamento) serrados numa altura de uns 7 cm, um ao lado do outro dentro da assadeirinha - e dentro deles os churros, de pé, recheados de chocolate ou de doce de leite e cobertura de açúcar e canela ou granulado...

Tá, tá... Primeiro eu olhei porque queria o churro, mas aí reparei no braço do rapaz e seguindo o braço cheguei no próprio - talvez a idade do meu filho, mais baixo, pele curtida de sol, boné vermelho na cabeça, camiseta preta. Suado. Cansado de caminhar prá lá e prá cá naquela areia fofa. Parecendo tão triste.

Triste não. Eu reconheço desespero quando vejo. Depois de receber não das pessoas mais ou menos próximas de mim eu o vi caminhar um pouco, limpar o suor da testa, respirar fundo prá criar coragem e seguir na minha direção com a bandeja...

Antes dele chegar eu falei pro meu marido:

-"Quero churros. Me compra, por favor, quero churros"...

O rapaz chegou, ofereceu, meu marido agradeceu e ele foi embora, a tristeza personificada.

Meu marido nem percebeu - mal ergueu os olhos do livro. Me disse que outra hora me comprava churros limpinhos no shopping, que não ia comprar aquela porcaria prá eu comer e passar mal.

E eu - enquanto o rapaz não saiu do meu campo de visão - fiquei repetindo, implorando que queria churros, "churros daquele moço ali!", que ele precisava muito vender algum churro, já quase chorando...

Nessa hora nem percebi e meus filhos estavam voltando - e sabem ler a cara da velha muito bem. Vieram perguntando o que tinha acontecido, porque eu estava triste e eu falei:

-"É que o papai não quis me comprar churros de um rapaz que passou aqui, que tava muito triste, meu coração tá apertado por causa dele... Sabe quando a gente sente que alguém não está bem e tem que fazer alguma coisa prá ajudar? Eu queria comprar churros dele, talvez assim ele ficasse menos triste...".

E meu marido, achando que era só coisa imaginada por mim, ainda dizendo que os churros deviam até ser de ontem, cobertos de suor e de areia e eu dizendo "Eu queria comprar um montão de churros dele, daí podia até jogar no lixo depois, sem ele ver, mas pelo menos eu ia fazer alguma coisa..." (quando, na verdade, sem problema algum eu comeria algum churro, pois não tenho esses fricotes...).

Meu filho então, com aquela doçura que ele tem para comigo, me pegou na mão e disse:

"-Dentro da tua bolsa tá a minha carteira e dentro dela tem uns cento e vinte, cento e cinquenta reais - são todos teus, velhinha, prá comprar todos os churros que você quiser, todos os queijinhos que te der na telha comprar. Não precisa pedir, que o meu dinheiro é teu. Agora me descreve o rapaz que eu e as meninas vamos atrás dele comprar os teus churros...".

Levantamos todos, desmontamos o guarda sol, dividimos as cadeiras e saímos andando pela praia, caçando o vendedor de churros - pois eu queria estar junto, prá sentir que era mesmo minha imaginação todo aquele desespero que eu vi, me olhar depois no espelho e me chamar de boba, rir da minha própria cara...

Mas não o achamos mais. Talvez tenha voltado prá casa, talvez tenha ido prá outra praia. Estranho, pois eles trabalham circulando pelo mesmo lugar, prá lá e prá cá.

Nunca vou me esquecer dele e prá sempre vou me sentir um pouco culpada - sei lá pelo que eu tenho culpa, mas tenho.

Tem pessoas que nascem diabéticas. A vida inteira vão ter que lidar com a doença, com as restrições alimentares, com os remédios...

Algumas pessoas nascem daltônicas - não existem óculos prá corrigir isso. Meu filho mesmo, meu doce Ike, confunde verde com vermelho, bege com cinza e com rosa... Minha Lola tinha que escrever o nome de cada cor nos lápis dele, senão ele pintava tudo errado na escola - naquele tempo ele nem contou prá mim, prá não me preocupar, ficou só entre ele e as irmãs...

Eu tenho olhos que enxergam a tristeza, a solidão e a dor.

Tem um grafite no meu bairro que diz assim: "Nós não vemos o que vemos, nós vemos o que somos. Só veem as belezas do mundo aqueles que tem beleza dentro de si." e eu acho isso muito verdadeiro. Podem reparar: as pessoas que enxergam maldade, perversão e sujeira em tudo geralmente é porque tem isso dentro delas mesmas. Quem mais é cheio de moralismos, quando a gente vai ver, tem o rabo preso, não é assim? 

Eu, seguindo essa linha de pensamento, sou muito triste, pois meus olhos sempre acham a tristeza onde ela se esconde. Se eu estiver andando de carro estou olhando dum lado pro outro e sempre encontro os cachorros abandonados, os mendigos se encolhendo nos cantos, as meninas tristes e sozinhas...

Mesmo assim sou uma pessoa feliz: se você vai na minha casa eu estou picando legumes ouvindo músicas como "Jump", do Van Hallen, ou estou costurando assistindo Irmão do Jorel na TV. Fazendo pratos e mais pratos gostosos prá minha família comer, todos satisfeitos...

Nas doze horas que levou a viagem de volta paramos num posto de gasolina onde havia duas cadelinhas sarnentas mendigando comida pros viajantes - e lá vou eu choramingar de novo. Volto do banheiro pro carro caçar dinheiro prá comprar comida prá elas e me avisam que "o papai já comprou e tá lá dando"... 

Vontade de adotar as duas, trazê-las prá São Paulo no colo, cobertas de sarna e de pulgas.

Tentar fazer deste mundo um lugar melhor, de pouquinho em pouquinho, mesmo com o coração pesado.

Dentro do meu coração eu pensei em como eu seria mais feliz se não enxergasse a vida como eu enxergo... Como seria bom andar no mundo de olhos e ouvidos fechados, prá não ver nem ouvir toda a tristeza que percebo através deles - e sabe o que aconteceu?

Peguei uma conjuntivite daquelas, mais de duas semanas com os olhos enevoados e leitosos, acordando com eles lacrados de pus seco, vermelhos e queimando.

Como se não me bastassem os ossos doendo...

Então, domingo passado, oito da noite - hora do evangelho no lar. Mesmo com os olhos ruins é minha tarefa ler dois capítulos na sequência - estou quase chegando no final de Lucas. Deixamos uma jarra de água na mesa e, ao final, dividimos os copos.

Bebi parte do meu e a outra parte lavei os olhos, pedindo perdão por reclamar dos olhos que tenho.

Amanheci com eles limpos - embora ainda enxerguem a vida da mesma maneira.

Mesmo se existisse a tal pílula que cura a tristeza eu não a tomaria. De que ia adiantar eu não sentir o que ainda existe no mundo? Enquanto eu for assim sempre vou poder tomar alguma iniciativa, fazer alguma coisa prá ajudar, mesmo que seja quase nada...

Minha avó me ensinou a rezar uma oração católica chamada "Salve Rainha", na qual se fala de um vale de lágrimas. Quando eu era pequena eu perguntei prá ela que vale era esse e ela me respondeu que era o mundo. Que aqui o que mais se faz é chorar...

Não sei. Acho que aqui é um vale de lágrimas e de risos, um caminho permeado de espinhos e de flores. Alguns de nós parecem ter uma armadura - parecem até não se ferirem nos espinhos. Às vezes dá até inveja... Enquanto isso, outros de nós parecem atravessar pelos espinhos carregando o coração nas mãos, um ferimento após o outro e seguem sem parar prá onde quer que estejam indo...

Aquele poema bobo do começo da postagem fui eu escrevi muito tempo atrás, quando a tristeza não queria sair de mim nem chorando - então eu a pus no papel.

Dá pra ver que não nasci pra poesia...

Aquela tristeza? Passou. Vieram outras e outras virão - pura matemática da vida.

Não quero jamais amar pela metade - quanta bobagem. Quero amar o triplo, cem vezes, mil vezes mais. Porque o amor é que é o remédio.

Na próxima postagem eu mostro um saco de dormir que fiz pro meu futuro netinho que vai nascer em março. A gravidez da minha enteada segue firme e forte, com a graça de Deus.

É assim que seguimos vivendo.

Ah, lixei e pintei minha bengala - ressuscitei ela, por assim dizer. Meu filho disse que ia me comprar outra, mas prá quê? Ficou linda. Se vocês virem uma velha na Penha atravessando devagar a rua com uma bengala azul, por favor, não atropelem. Sou eu.
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12 comentários:

  1. Rosinha querida ,muito bom receber noticias suas.
    Vejo que suas férias foram óptimas, o tipo de férias que me agradam - de carro, com liberdade e sem pressa. Claro que nada é absolutamente perfeito, mas, ainda assim sao as que mais se aproximam da perfeicao.
    Espero que agora trate a sua anca e abandone a bengalinha azul.
    Desejo-lhe um feliz 2017.
    Beijinhos da Nina

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  2. Fiquei feliz com seu retorno e saiba que um dia quando estiver passeando pela Penha e encontra-la com sua bengalinha azul direi pessoalmente " Abençoados são seus olhos que vêm a tristeza do mundo." Grande abraço

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  3. Rosinha, já tinha saudades, que recomeço lindo amiga,
    gostei muito minha amiga, bjs

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  4. Rosinha, boa tarde. Eu estava lendo o teu post e pensando que, no final, você iria falar sobre o jeitinho que deu na bengala. Como não! Ahahaha tinha certeza que você iria arrumar e deixar a tão prestativa bengalinha bem bonitinha ahhh eu tinha absoluta certeza. Penso que já te conheço um pouquinho, minha bela amiguinha.

    Então, vamos falar de chucrute. Olhe Rosinha, para ter um chucrute com todos os benefícios qaue eu e você bem sabemos, é preciso ter a fermentação natural, que leva de três a quatro semanas. Estes chucrutes com receitas rápidas, eu penso que não chegam nem aos pés daqueles chucrutes, feitos demoradamente, que alimentavam os operários da muralha da China. E eles não adoeciam, sabe-se bem.

    Na net, tem muitas receitas de chucrute com fermentação natural, nunca fiz, portanto não posso recomendar. Só recomendo o que já testei. Mas, Rosinha, caso não queira fazer como os alemães fazem, já pensou em pesquisar se para os teus lados há quem faça algum chucurte caseiro, que seja confiança? Por outro lado, não é difícil fazer em casa, só é demorado.

    Espero ter ajudado. Beijinhos e adorei a tua visitinha no meu blog!

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  5. Viver com dor é muito triste. Espero que esse ano seja bem melhor para a sua saúde e de sua mãe.
    Seu olhar é a conexão com seu coração e ele é muito grande por isso sempre você acha que tem um lugarzinho pra mais um cachorrinho... mais um humano abatido pela intempéries da vida...
    Fique bem Rosa e obrigada por ter achado um tempinho pra uma visitinha.
    Bjs

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  6. Oi Rosa querida, estou voltando das férias e vim matar as saudades...
    Ah...mas quanta tristeza... Entendo quando diz que sente as dores do mundo, eu também....mas tento não deixar a tristeza grudar em mim, senão minhas dores no corpo se tornam insuportáveis.
    Menina, com uns filhos desses que você tem, tinha é que estar pulando de alegria! Que mulher abençoada você é! Quem me dera, se meu filho me tratasse com todo esse carinho...
    Espero que sua saúde esteja melhor.
    Grande e carinhoso abraço

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  7. Olá Rosa, quero deixar registrado aqui todo meu carinho por você, às vezes até sinto que já te conheço, penso e falo de você como se fossemos intimas. Então, me sinto bem em te falar que entendo um pouco dessa tristeza, quando passamos várias situações em nossa vida tendemos a ser mais sensíveis ou insensíveis, você foi para o lado dos sensíveis e isso fez de você um ser humano único, com uma visão apurada para aquilo que muitos não querem enxergar (por medo, por insensibilidade...). A questão principal é que essa sensibilidade não pode ser maior a ponto de esgotar suas forças, seu sorriso e sua vontade de contribuir para um mundo melhor. Tenha certeza, só de você escrever nesse blog já contribui muito, aprendo muito contigo e acredito que outros também. Sem contar, é claro, que você colocou no mundo filhos tão especiais que transbordam amor e que têm uma visão tão generosa e piedosa quanto a sua (o mundo agradece). Desejo de todo coração que Deus esteja sempre contigo e te fortaleça!
    Um super beijo e um forte abraço!!!

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  8. Olá Rosa querida!! Tudo isso que falou me entristece também ...admiro demais pessoas que tem atitude e viram o mundo de ponta cabeça como você pra ajudar mendigos,crianças de rua, e todos os animais abandonados e doentes que vivem por aí... o que faço é ajudar com alguma contribuição, acolhendo um ou outro gatinho ou cachorro que esteja perto de casa...mês passado recolhi uma gatinha que abandonaram aqui na minha rua. Trouxe pra casa, e pensei: e agora? Enfim, fiquei com ela alguns dias até conseguir um dono bem amoroso, deu tudo certo! Mas é tão pouco perto da necessidade que se vê todo dia...mas fiquei feliz mesmo sendo tão pouco, é uma vida criada por Deus, merece toda dedicação. E você tem um coração de ouro! Nao sofra demais, Um beijão

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  9. Olá, Rosa

    Para sua postagem recomendo dar uma folheada em dois livros: "Linguagem do Corpo" de Cristina Cairo e "Você pode curar sua vida" de Louise Hay.
    São ótimos para explicar porque acontecem problemas de saúde.

    Desejo suas melhoras para que não precise de nenhuma bengala independente da cor. Mas quando eu for para a Penha (vez ou outra costumo ir) pode deixar que tomarei cuidado com as pessoas todas que estiverem de bengala.

    Bjs

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  10. Olá Rosa. Meu nome é Regiane sempre passo por aqui pra ver suas postagens mas SO comentei uma vez...
    Me identifico muito com o que vc escreve.Vc sabe por em palavras àquilo que eu sinto... e essa hj (tristeza) falou comigo. Estou vivendo uma situação na minha vida que eu nunca pensei em passar, ninguém pensa...
    Há dois meses descobrimos que minha filha está com leucemia...até então não tive tempo de ficar "triste"sabe...É tanto sentimento de uma vez , choque,dúvidas,medo , ao mesmo tempo uma força que a gente não entende de onde vem, apesar de saber que é Deus... mas nao tinha ficado assim como estou agora...
    É SÓ uma tristeza mesmo.. ela ta bem , em tratamento aqui em Campinas no hospital Boldrini, sou do Sul de Minas e estou em um alojamento que cuida e ampara as famílias de pessoas com câncer em tratamento aqui...até agora a minha ficha não havia caído, acho eu ,tanta coisa a gente passa e tem que resolver que nem da tempo de pensar muito... mas tem dias que a tristeza bate e percebo o quanto estou longe de casa E e sem previsão de quando vou ter o controle da minha vida de novo... estou vivendo algo surreal. .. não consigo escrever o que estou sentindo tão bem como outras pessoas mas resolvi tentar depois de ler seu post.Desculpe o desabafo aqui mas é que sinto vc tão perto como se fosse alguém que eu sempre conheci... louco isso né ??!!! Adoro seu jeito de encarar a vida e enxergar o mundo . Se mais pessoas tivessem esse dom não seria tão difícil viver nele hj em dia...abraços meus e da minha filha Pâmela.

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    1. Regiane, minha querida menina... Senti no meu coração a tua tristeza e a tua insegurança... Teu momento agora é, com certeza, muito dificil. Os filhos são, para as boas maes como você, o maior presente de Deus. Cuidamos deles, rezamos por eles mais do que por nós mesmas, não é assim? Então, minha querida, quero que vc tenha fé que tudo vai dar certo - porque vai. À noite, quando estiver pronta pra repousar do longo dia longe de casa e repleta de preocupações, escute o que der pra escutar do silêncio e, no fundo do teu coração, tenho certeza que vc vai sentir Deus. Durante o dia são tantas ocupações, tantas pessoas à nossa volta, que Deus acaba virando meio que um ruído de fundo: está lá, a gente sabe, mas se distrai com outras coisas... Antes de dormir feche teus olhinhos ainda acordada e converse com ele, agradeça por ele ter escolhido vc (dentre os bilhões de mulheres do mundo que existem...) pra ser mãe da tua princesa... Agradeça pelo fato dela ter sido diagnosticada logo, por estar sendo bem tratada, por vocês estarem sendo acolhidas longe do lar. Isso vai passar e vai ser uma linda historia que vcs duas vão recontar muitas vezes no futuro. Tenha força. Lembra que Jesus disse assim "Seja feito segundo a vossa fé". Acredita e confia, que tudo vai passar, com a graça de Deus. Um grande beijo e estou rezando por vocês.

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  11. É a primeira vez que entro no seu blog. Não conheço suas dificuldades, só sei que eu poderia ter escrito esse texto, de tão identificada que me senti. Mas não escrevi porque a tristeza não permite. Também porque não o teria feito tão bem. Prazer em te conhecer.

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