






Receitas fáceis de tricô manual, tricô à máquina, costuras, crochês e outras artes, feitas para aqueles que eu amo mais que a vida... Sempre grátis, porque nem tudo que é bom custa "os olhos da cara"...
v Ensine a outros o que você sabe: não importa se é a receita de um cachecol, do maravilhoso prato de família, aquela dica infalível para sair do aperto... Quando a gente é mesquinho, vive pequeno! Seja generoso, mesmo se o segredo compartilhado é parte do seu sustento, afinal, sempre vai ter quem prefere comprar pronto e - com certeza - sempre vai ter quem precisa da sua dica para por o pão de cada dia na mesa. Viva grande!
Que tal fazer um ponchão desses, num ponto bem básico, com o qual você não passe frio de jeito nenhum e ainda esbanje charme? Então, mãos à obra, fogo nas agulhas prá aquecer esse friozão!
Cada pacote com 5 novelos de Sedificada, na Aslan, sai por pouco mais de 35 contos, o poncho levou 8 novelos - então precisaria de 2 pacotes (é melhor comprar assim mesmo, o que sobrar você faz cachecol, boina, luva ou polainas - aproveita! Quanto que não custa comprar cada novelo em separado... Economiza comprando o pacotão fechado, colega!!!)
Achou caro? Eu também... Mas é um daqueles projetos que a gente enfia na cachola e não sossega até fazer, eu queria essa lã mesmo, então... E, se você parar prá pensar, uma peça dessas não tem preço: é bem feita, caprichada, você não vai achar em loja nenhuma de nenhum lugar algo tão bom...
Ah, mas pode fazer com outra lã: até com família fica lindo, mas aí usa uma agulha mais fina, então o meu esquema tem que ser adaptado. Faz em ponto arroz que também fica lindo, usa uma lã trabalhada e faz de ponto simples que também arrasa: o importante é fazer!
Pensa só: dá prá você sair de casa com a blusa do pijama por baixo (e todo mundo achando que você está toda produzida, hein?) Só toma cuidado prá um pedaço da manga não aparecer: cadê sua moral de mulher poderosa se alguém souber que você usa pijama de coelhinho...
Dá prá andar por aí com a bolsa protegida dos mãos-leves e - se você morar na Zona Leste da cidade de São Paulo, pode andar munida com um fuzil por baixo dele, prá se defender dos assaltantes e estupradores (a fauna dessa nossa floresta...)
Bons tricôs!
Esta é a roupinha da minha bambina canina, prá quem tiver uma e quiser fazer também. Mas, se o seu bichinho não é tão pequenininho, não tem problema não: do jeito que eu expliquei, é só adaptar e fazer pra ele também - a explicação é fácil.
DICAS:
- Acho crochê, neste caso, melhor que tricô: não puxa tanto fio... Se o bichinho se coça, é um "Deus nos acuda" prá consertar o estrago...
- Prá bichinhos menininhos, use ponto alto simples, ponto tijolinho de crochê, ponto trança... Florzinha não pega muito bem...
- Se quiser fazer com perninha, é só encompridar a barra, fazendo as perninhas em círculo. Mas não acho bom, acho que suja muito fácil.
Vamos lá: inventa, acrescenta, se supera! Faz pro seu bichinho uma roupinha, deixando ele quentinho e bonito, afinal, ele é mais um acréscimo da misericórdia divina na sua vida, te amando tanto e pedindo tão pouquinho...
Bons crochétis!
Hoje é dia de customizar, reaproveitar, reinventar algo que você goste muito - ou não goste nada - e fazer ficar com outra cara. Acho que já deu prá perceber que eu não sou nem um pouco louca, pois não rasgo dinheiro. Economizo, reaproveito, reciclo. E não é apenas porque eu nasci muuuuuuito pobre: é porque eu sou muito consciente do valor das coisas. Vivemos hoje em uma sociedade muito rica - nunca jogamos tanta coisa fora. Se você passar aqui no meu bairro, na estrada que dá acesso à Rodovia Presidente Dutra, vai ver toneladas de roupas jogadas no jardinzinho que divide as duas pistas (isso bem em frente a um aglomerado de barracos, de uma favela ainda em estado de formação...). Roupas que algumas pessoas conseguem batendo de porta em porta, simulando serem de alguma instituição de caridade: depois que eles separam o que interessa, descartam tudo ali, e depois tacam fogo...
Logo nosso planeta se chamará Planeta Lixo... E vocês acham que o Paizinho do Céu está gostando disso?
Bom, deixando essa conversa prá outra ocasião, a história aqui se desenrola no "rolar" de alguns anos, onde uma jaqueta de veludo do meu moleque, tamanho 10/12 anos, muito querida dele, ficou esquecida no maleiro do guarda roupa. Na verdade, sempre vou doando tudo que não serve mais neles, mas essa jaqueta - foi a primeira que fez ele ficar mesmo com cara de homenzinho, tão entendendo? É queridinha... Ela é bem grossa, com forro, muito bem feita e ele ficava "maravilindo" com ela. E eu tive essa idéia de guardá-la, prá tentar reformar ou usá-la como molde para outra, maior. Mas acabei esquecendo mesmo.
Daí, ano passado, a Lola achou, provou e ficava boa em tudo - menos nas mangas, que eram muito curtas.
Munida de uma tesourinha de bordado e muita paciência, virei ela do avesso e desmanchei os punhos, pontinho por pontinho. Depois a costura do forro e por fim a costura do veludo - sem descosturar as mangas dos ombros. A Naninha foi prá mim na loja de tecidos e comprou 30 cm de veludo. Custo: R$3,00!!!
Foi só cortar as mangas, na altura que eu calculei que, juntando o novo veludo, caberia na Lolinha. Costurei. Eu tinha essas etiquetas bordadas, parecendo galões militares, duas com fundo preto e duas com fundo verde: apliquei as verdes no veludo preto e as pretas no veludo verde. Encompridei o forro com uma sobra de forro que eu tinha. Costurei a manga e o forro e repreguei os punhos. Antes disso: os punhos tinham um elástico muito apertado, para punho de criancinha, então eu abri e substituí por outro elástico, maior, dando mais folga. Depois foi só colocar outra etiqueta bordada, também com motivo militar, no bolso do peito, onde ficava o logotipo da marca da jaqueta: quis mudar o visual, acompanhar o estilo.
Pronto! Vai durar prá sempre, porque é de um material bom, ficou linda e o fato de ser masculina não importa: é só contra-atacar com uma echarpe bem feminina que tudo fica na santa paz.
Você pode reaproveitar quase tudo: é só ter boa vontade, bom senso e imaginação.
Lembra da jaqueta jeans que eu reformei aqui? Bom, ela podia ter virado um casaco de frio, assim: fazendo umas mangas de tricô, de tranças ou cordas, e costurando por dentro, saindo, como se a jaqueta fosse um colete. E na barra, fazia a mesma coisa: tricotava um barrado aberto na frente, bem grande, da mesma lã e do mesmo motivo, saindo por de dentro dela. Demais, né?
Só se lembre do seguinte: use sempre tecidos de cores que combinem, de texturas parecidas (nada de misturar tecido pesado com algodãozinho leve, hein?) Se usar estampa, tenha discernimento de escolher algo que seja atemporal, pois a moda muda, mas o bom gosto fica.
Boas reforminhas!